terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Planejamento

Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais os objetivos que devem ser atingidos. É um modelo teórico para a ação futura.

Tipos de planejamento




Vasos sanguíneos

VASOS SANGUÍNEOS
Os vasos sanguíneos são de três tipos básicos: artérias, veias e capilares.

a- Artérias: são vasos de parede espessa que saem do coração levando sangue para os órgãos e tecidos do corpo. Compõem-se de três camadas: a mais interna, chamada endotélio, formada por uma única camada de células achatadas; a mediana, constituída por tecido muscular liso; a mais externa, formada por tecido conjuntivo, rico em fibras elásticas.
Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se dilatam, o que diminui a pressão sanguínea, Caso as artérias não se relaxem o suficiente, a pressão do sangue em seu interior sobe, com risco de ruptura das paredes arteriais. Assim, a cada sístole ventricular é gerada uma onda de relaxamento que se propaga pelas artérias, desde o coração até as extremidades das arteríolas. Durante a diástole ventricular, a pressão sanguínea diminui. Ocorre, então, contração das artérias, o que mantém o sangue circulando até a próxima sístole.
b- Capilares sanguíneos: são vasos de pequeno calibre que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas. A parede dos capilares possui uma única camada de células, correspondente ao endotélio das artérias e veias.
Quando o sangue passa pelos capilares, parte do líquido que o constitui atravessa a parede capilar e espalha-se entre as células próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As células, por sua vez, eliminam gás carbônico e outras excreções no líquido extravasado, denominado líquido tissular. A maior parte do líquido tissular é reabsorvida pelos próprios capilares e reincorporada ao sangue. Apenas 1% a 2% do líquido extravasado na porção arterial do capilar não retorna à parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo ao circulatório, o sistema linfático, quando passa a se chamar linfa e move-se lentamente pelos vasos linfáticos, dotados de válvulas.
Na porção arterial do capilar, a pressão do sangue é maior que a pressão osmótica do plasma * saída de água contendo substâncias dissolvidas.
Na porção venosa do capilar, a pressão do sangue é reduzida, tornando-se menor que a pressão osmótica do plasma * retorno de fluido para o interior do capilar.
c- Veias: são vasos que chegam ao coração, trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. A parede das veias, como a das artérias, também é formada por três camadas. A diferença, porém, é que a camada muscular e a conjuntiva são menos espessas que suas correspondentes arteriais. Além disso, diferentemente das artérias, as veias de maior calibre apresentam válvulas em seu interior, que impedem o refluxo de sangue e garante sua circulação em um único sentido.
Depois de passar pelas arteríolas e capilares, a pressão sanguínea diminui, atingindo valores muito baixos no interior das veias. O retorno do sangue ao coração deve-se, em grande parte, às contrações dos músculos esqueléticos, que comprimem as veias, fazendo com que o sangue desloque-se em seu interior. Devido às válvulas, o sangue só pode seguir rumo ao coração.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Tipos de bloqueios AV

Bloqueios Atrioventriculares (BAV) - Bradiarritmias

•É um distúrbio na condução dos impulsos atriais para os ventrículos. Esses bloqueios elétricos detém a passagem de estímulos
•Cria um retardo do impulso ao nível do nó AV, produzindo uma pausa maior que a normal antes da estimulação dos ventrículos

•Causas: degeneração do sistema de condução, cardiopatias isquêmicas, cardiomiopatias e intoxicação digitálica.
•O intervalo PR é medido do início da onda P até o início do complexo QRS e deve medir no máximo 0,20 seg.
•A demora do bloqueio AV prolonga o intervalo PR por mais de 1 quadrado grande, ou seja, mais de 0,20 seg.

BAV de 1º grau
BAV de 2º grau  - Mobitz I
                           - Mobitz II
BAV de 3º grau


Bloqueio Átrio-Ventricular do 1º Grau

•Demora mais tempo para que cada impulso atrial chegue aos ventrículos
•Se caracteriza por: ritmo regular, ondas P, QRS e T normais e intervalo PR fixo e prolongado além de 0,20 seg
•Significado clínico: Na maioria das vezes não produz sintomas.
•Pode ocorrer em indivíduos normais com excesso de tônus vagal (aumento do retardo)
•Não é necessário tratamento

Bloqueio Átrio-Ventricular do 2º Grau

•Alguns dos impulsos atriais não são conduzidos para os ventrículos.
•Resulta num QRS “desaparecido” – ausência de QRS no ECG
•Tipos: Mobitz I – Wenckebach
            Mobitz II

Bloqueio Átrio-Ventricular do 2º Grau – Mobitz I - Wenckebach

•Caracteriza-se por:
•Prolongamento excessivo do intervalo PR até que um complexo QRS desaparece.
•Encurtamento do intervalo R-R
•Ritmo irregular, intervalo PR variável
•Configuração normal da onda P e QRS.
•Significado clínico: causado por intoxicação digitálica, cardiomiopatias e cardiopatia isquêmica.
•A maioria consegue manter Débito Cardíaco adequado e não necessita de marcapasso .
•Pacientes sintomáticos: podem requerer o uso de marcapasso temporário → marcapasso definitivo (se refratariedade)
Aumento progressivo do intervalo P-R, até que não há condução ventricular

Bloqueio Átrio-Ventricular do 2º Grau – Mobitz II

•Menos comum que o Mobitz I
•Bloqueio eventual de um impulso atrial no feixe de his ou nos ramos, resultando num QRS desaparecido
•O bloqueio se dá num ponto mais baixo do que o nó AV (his ou ramos) então o QRS pode estar prolongado e alargado.

•Como o bloqueio é eventual o intervalo PR dos batimentos são idênticos.
 
Características:

•Ritmo regular com períodos de irregularidades causada pelo bloqueio do QRS.
•QRS alargados, causados pelo retardo intraventricular.
•Intervalo PR constantes
•Tratamento: Marcapasso definitivo
Onda P não conduz a cada 2 estímulos ou mais
Classificação:(1:1, 2:1, 3:1)

Bloqueio Átrio-Ventricular Total ou do 3º Grau

•Não há condução de qualquer impulso atrial para os ventrículos. Impede que os impulsos atriais determinem o ritmo dos ventrículos
•Sempre que o marcapasso primário (NSA) não consegue determinar o ritmo ventricular surge o marcapasso secundário (junção Av ou purkinge)
•A freqüência de disparos dos focos ectópicos dependem das automaticidades próprias (NAV: 60-40bpm, purkinge: 30bpm)
•Conhecido como dissociação átrio-ventricular = a freqüência atrial não interfere na ventricular
•Átrios e ventrículos se tornam totalmente independentes.
•P não tem relação com o QRS

Características:

•Freqüência atrial regular
•Dissociação atrioventricular (não há relação P com QRS)
•Freqüência ventricular regular, que em geral é bradicárdico
•Tratamento: marcapasso definitivo
•Significado clínico:
•Idoso: degeneração crônica do sistema de condução
•Mesmas causas anteriores.
•Leva a uma grave anormalidade por surgimento de marcapassos ectópicos que produzem bradicardia severa.
•O débito cardíaco diminui e há hipoperfusão de órgãos vitais.
As ondas P não conduzem os complexos QRS
 Dissociação átrio-ventricular

Sistema de condução elétrico cardíaco


  • O coração produz e conduz seu próprio estímulo elétrico, fazendo com que as células musculares se contraiam durante a passagem desse estímulo
  • Automatismo: propriedade cardíaca de gerar estímulos próprios.
  • Condutibilidade: propriedade das células cardíacas de conduzirem estímulos elétricos recebidos



RITMO

• Determine a distância entre um QRS e outro e daí deduza se ele é rítmico ou arrítmico
• É sinusal?
• Normalmente é rítmico e com FC de 60- 100 bpm


FREQUÊNCIA CARDÍACA

• Lembre dos números mágicos: 300 – 150 – 100 – 75 – 60 – 50.
• Eles representam a FC para o Nº de quadrados grandes




domingo, 4 de janeiro de 2015

Conceitos básicos em cirurgia




Antissepsia X Assepsia

Assepsia foi definida pelo Ministério da Saúde como conjunto de medidas utilizadas para impedir a
penetração de microorganismos em local que não os continha.
Conforme a definição, a prática da assepsia se utiliza de meios apropriados para impedir a introdução
de microorganismos no organismo. Ela difere da antissepsia, pelo fato de não empregar agentes
terapêuticos.
Neste contexto, os profissionais de saúde utilizam medidas de assepsia para evitar, direta ou indiretamente, a transmissão de microorganismos.
Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os microorganismos em sua superfície.
(ANVISA).

Os conceitos parecem simples, mas se pararmos para pensar nas atividades desenvolvidas no dia-a-dia com nossos pacientes percebemos em quais a antissepsia precisa estar presente.
Vários são os produtos utilizados, dentre eles destacamos o iodo povidona PVPI, o qual é muito utilizado na antissepsia e degermação. Porém, os diferentes tipos de PVPI são utilizados em diferentes superfícies.


O antisséptico clorexidine aquoso faz a antissepsia, antes de procedimentos invasivos, com um tempo de ação residual de 5 a 6 horas. Já o álcool a 70% glicerinado tem ação imediata e faz a antissepsia de procedimentos que não necessitam de efeito residual por serem de curta duração.
A antissepsia das mãos: em unidades de terapia intensiva, berçário de alto risco, unidades de transplantes, hematologia e na realização de pré e de pós procedimentos e exames invasivos deve ser realizada utilizando-se a mesma técnica de higienização das mãos, incluindo os antebraços, porém, usando os antissépticos acima citados.

Observação:

Ao utilizar PVPI ou clorexidine não utilizar álcool a 70% imediatamente após, pois este inativa a ação residual dos mesmos. O uso do PVPI é contra indicado em recém-nacidos e grandes queimados devido a sua absorção transcutânea de iodo, podendo acarretar hipertireoidismo. A clorexidine deve ser utilizada em caso de pacientes ou funcionários alérgicos ao iodo.