domingo, 25 de setembro de 2016

Tratamento da intolerância a lactose com imunoterapia


O Centro Cochrane do Brasil traduziu o resumo de uma revisão sistemática que avaliou se a imunoterapia pode ajudar a evitar os sintomas da alergia ao leite de vaca. A imunoterapia é um tratamento para vários tipos de alergia que recomenda a ingestão ou contato com o alérgeno (a substância que provoca alergia) em minúsculas quantidades em intervalos regulares, de forma que o sistema imunológico passe a ver aquilo que causa a alergia (no caso, o leite) de outra forma e deixe de reagir tão fortemente, até que seja possível tomar uma porção completa de leite (no caso, um copo). A revisão mostrou que realmente a imunoterapia oral pode ajudar a maioria das crianças alérgicas a tolerarem um copo de leite, desde que continuem bebendo esta quantidade todos os dias. 

Leia mais em http://brazil.cochrane.org/news/tratar-alergia-ao-leite-ingerindo-pequenas-doses-di%C3%A1rias-pode-funcionar


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Controlar a glicemia de forma rígida reduz complicações


Controlar a glicemia de forma rígida  de fato reduz bastante as complicações do diabetes, conforme mostrou uma revisão sistemática da Cochrane. O trabalho comparou pessoas com diabetes do tipo 1 que faziam um controle convencional da glicemia com outras que tinham metas mais rígidas a cumprir, para ver se a maior fiscalização da glicemia seria realmente benéfica — ou se seria somente um trabalho a mais. O estudo envolveu mais de 2 mil pessoas em vários países e mostrou que quem controla melhor a glicemia tem muito menos nefropatia (doença no rim), retinopatia e neuropatia.

Leia mais em: http://brazil.cochrane.org/news/controlar-glicemia-de-forma-r%C3%ADgida-reduz-complica%C3%A7%C3%B5es

Eliminar bactéria no estômago pode reduzir chance de ter câncer


A Cochrane produziu uma revisão sistemática de estudos realizados para verificar se eliminar a bactéria, mesmo nas pessoas que não têm sintoma de gastrite, faria com que o número de pessoas com câncer gástrico diminuísse. O Centro Cochrane do Brasil traduziu o resumo desse trabalho.

Quando retirar o corticoide oral em uso prolongado?

Pacientes em uso prolongado de corticoide oral: quando e como deve ser feita a retirada gradual?

Pacientes em uso prolongado de corticoide são considerados com possível risco de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal nas seguintes situações:


  • pacientes recebendo dose diárias totais maior ou igual a 10 mg de prednisona (ou outro corticoide em dose equivalente) por mais de 3 semanas;



  • pacientes recebendo dose noturna maior ou igual a 5 mg de prednisona por mais de 3 semanas;



  • pacientes em uso de corticoide e aparência cushingoide.


Nesses casos a redução deve ser gradual, com objetivo de prevenir o risco de recorrência da atividade da doença de base ou aparecimento dos sintomas da deficiência de cortisol devido à  supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. É indicado a redução gradativa de 10 a 20% da dose, levando em consideração a conveniência e a resposta clínica do paciente.

O regime pode ser feito com redução de:

5 a 10 mg por dia por uma ou duas semanas, quando a dose em uso de prednisona for maior que 40 mg/dia de prednisona ou equivalente;

5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 40 a 20 mg/dia;

2,5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 20 e 10mg/dia;

1 mg por dia por duas a quatro semanas quando a dose de prednisona estiver abaixo de 10 mg/dia (a prednisona pode ser substituída por prednisolona solução oral, pela posologia, ou ser utilizada em dias alternados);

Pacientes com doença reumatológica podem apresentar recorrências dos sintomas da doença de base. No entanto, esses sintomas podem ser confundidos com sintomas da retirada do corticoide (artralgia e mialgia). Se os sintomas não forem graves, pode-se utilizar um AINE ou um analgésico por 7 a 10 dias. A resolução dos sintomas durante esse tempo sugere que os sintomas são relacionados à retirada. Se os sintomas não desaparecem, pode-se aumentar a dose do corticoide em 10 a 15% e manter essa dose por 2 a 4 semanas. Se não ocorrer melhora dos sintomas, será necessário dobrar a dose da prednisona. A retirada deve ser feita mais lentamente, a cada 4 semanas, ou com reduções menores (metade da dose utilizada).

Quando o desmame estiver abaixo da dose fisiológica, em torno de 7,5 mg de prednisona e eventualmente o paciente apresentar algum evento agudo como trauma, infecção ou cirurgia de grande porte, que demandar maior resposta adrenal, pode ser necessário um aumento temporário da dose. É importante fornecer ao paciente, por escrito, que este está em supressão de corticoterapia prolongada, para que, em eventual tratamento em emergência, seja usada reposição de corticoide intravenoso.

Existem duas situações que necessitam de retirada imediata do corticoide ou redução para uma dose fisiológica, ao invés de ser feito uma retirada gradual:

psicose induzida não responsiva a medicamentos antipsicóticos;

úlcera de córnea por herpes vírus, que pode evoluir rapidamente para perfuração da córnea e possibilidade de cegueira permanente.

Se a cessação imediata não puder ser feita, é recomendado utilizar a menor dose e descontinuar o uso assim que for possível.

A redução abrupta da corticoterapia, sem desmame gradual, é segura em pacientes recebendo qualquer dose de corticoide por menos de 3 semanas ou doses inferiores a 10 mg de prednisona ou equivalente em dias alternados, mesmo que por tempo mais prolongado.



Referências

GOROLL, A. H.; MULLEY JR, A. G. Primary care medicine: office evaluation and management of the adult patient. 7. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2014.

FURST, D. E.; SAAG, K. G. Glucocorticoid withdrawal. Waltham (MA): UpToDate, 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/glucocorticoid-withdrawal>. Acesso em: 14 set. 2016.

SILVEIRO, S. P.; SATLER, F. Rotinas em endocrinologia. Porto Alegre: Artmed, 2015.

Ferimentos de alto risco que necessitam de profilaxia




  • Ferimentos profundos, especialmente por mordedura por gatos;
  • Ferimentos moderados a graves associados a esmagamento;
  • Ferimentos em áreas com comprometimento venoso ou linfático;
  • Ferimentos em mãos ou próximos a ossos e articulações, particularmente se presença de próteses;
  • Ferimentos em face e genitália;
  • Ferimentos que necessitem de sutura;
  • Ferimentos em imunocomprometidos.


A profilaxia deve ser realizada por 3 a 5 dias. O antibiótico de primeira escolha para mordeduras de cães e gatos é a amoxicilina-clavulanato. Alternativamente pode ser utilizada a associação de doxiciclina, sulfametoxazol-trimetoprim, penicilina oral, cefuroxime ou moxifloxacin e metronidazol ou clindamicina. Não se deve utilizar cefalexina, eritromicina e clindamicina isoladamente, devido à comprovada resistência a esses antibióticos.

Leia mais em:


BADDOUR, L. M. Soft tissue infections due to dog and cat bites. Waltham (MA): UpToDate, Inc.; 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/soft-tissue-infections-due-to-dog-and-cat-bites>.

ENDOM, E.E. Initial management of animal and human bites. Waltham (MA): UpToDate, Inc.; 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/initial-management-of-animal-and-human-bites>.

DYNAMED. Mammalian bite [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Publishing; 2016.  Acesso via Portal Saúde Baseada em Evidências <http://psbe.ufrn.br/>.

STEVENS, D. L.; BISNO, A. L.; CHAMBERS, H. F. et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of skin and soft tissue infections: 2014 update by the infectious diseases society of america. Clinical Infectious Diseases, Chicago, v. 59, n. 2, p. e10-e52. Disponível em: <http://cid.oxfordjournals.org/content/59/2/147.long>.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Até 60% das pessoas internadas estão desnutridas

A desnutrição atinge de 40% a 60% dos pacientes que dão entrada em hospitais da América Latina. É o que afirma uma revisão de estudos lançada em junho deste ano na revista especializada "Clinical Nutrition".

A revisão incluiu 66 pesquisas de 12 países. A maior parte dos estudos é brasileira. Ao todo, foram considerados 29.474 pacientes.

O Ministério da Saúde lançou este ano um Manual de Terapia Nutricional. O documento recomenda que "pacientes admitidos na unidade de internação hospitalar recebam a atenção da equipe responsável pela nutrição".

A terapia nutricional inclui: triagem, avaliação dos pacientes em risco, cálculo das necessidades nutricionais, indicação de terapia e monitoramento.


Perder um pouco de peso durante a internação pode parecer algo sem importância, mas os quilos a menos normalmente significam agravamento das doenças, menor eficácia do tratamento e mais tempo no hospital. Além disso, cresce significativamente o risco de morte.

Um do estudo mostra que uma pessoa com alto grau de desnutrição tem três vezes mais chance de morrer. Enquanto os que possuem um grau médio de desnutrição possuem 4,1% de chance de morte, os com alto grau têm 12,8%.


Há um consenso internacional de que 50% das pessoas internadas estão desnutridas. Para Maria Carolina, os maiores responsáveis pela desnutrição hospitalar são a falta de protocolo, de equipes de terapia nutricional e falta de conhecimento na terapia.


A desnutrição pode ter várias causas, como a não aceitação da dieta hospitalar, a própria doença ou jejuns para realização de exames.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/09/1812316-ate-60-das-pessoas-internadas-estao-desnutridas.shtml

sábado, 17 de setembro de 2016

3 principais fatores de risco que reduzem doença coronariana

Um estudo observacional, de base populacional, na Finlândia, destaca um progresso notável em homens e mulheres que controlam os três principais fatores de risco, bem conhecidos, (prevalência do tabagismo, colesterol sérico e pressão arterial sistólica) para a redução da doença coronariana.

Esse estudo procurou recentemente determinar a extensão em que as mudanças nos fatores de risco podem explicar a redução da doença cardíaca coronária. O trabalho foi publicado pelo British Medical Journal (BMJ).

A partir do início do estudo (1969-1972) até 2012, a mortalidade por doença cardíaca coronária diminuiu 82% em homens e 84% nas mulheres. Nos últimos 10 anos do estudo, cerca de dois terços (69% em homens e 66% nas mulheres) da redução pode ser explicada por mudanças nos três principais fatores de risco e o terço restante por outros fatores.

As mudanças nos três fatores de risco contribuíram para a maior parte desse declínio, sendo o mais importante o colesterol para os homens e o colesterol e a pressão arterial para as mulheres. .


Fonte: British Medical Journal (BMJ), de 1º de março de 2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Medida da pressão arterial

Os procedimentos de medida da pressão são simples e de fácil realização, contudo, nem sempre são realizados de forma adequada. Abaixo o procedimento para medida no consultório.

Preparo do paciente:

1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 3 - 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.

2. Certificar-se de que o paciente NÃO:

• está com a bexiga cheia
• praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos
• ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• fumou nos 30 minutos anteriores.

3. Posicionamento do paciente:

Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de roupas para não garrotear o membro, apoiado, com a palma da mão voltada para cima.

- Medir na posição de pé, após 3 minutos, em pacientes diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.

Para a medida propriamente:

1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço, ntre acrômio e olécrano;

2. Selecionar o manguito do tamanho adequado;



3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;

4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;

5. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial;*

6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;*

7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação;*

8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);*

9. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação;*

10. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);*

11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;*

12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;*

13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de 1 minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas;

14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência;

15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e

16. Anotar os valores exatos sem "arredondamentos" e o braço em que a PA foi medida.

* Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória.
Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado.

Fonte: VII Diretriz brasileira de hipertensão



Idosos

Aspectos especiais na medição da PA na população idosa decorrem de alterações próprias do envelhecimento, como a maior frequência do hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, resultando em valores falsamente baixos para a PAS ou
falsamente altos para a PAD. A grande variação da PA nos idosos ao longo das 24 horas torna a MAPA uma ferramenta muitas vezes útil. A pseudo-hipertensão, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, a artéria radial permanece ainda palpável após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. Maior ocorrência de EAB, hipotensão ortostática e pós-prandial e, finalmente, a
presença de arritmias, como fibrilação atrial, podem dificultar a medição da PA.

Obesos

Manguitos mais longos e largos são necessários em pacientes obesos para não haver superestimação da PA. Em braços com circunferência superior a 50 cm, onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço, devendo o pulso auscultado ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa prática. Especial dificuldade ocorre em braços largos e curtos, em forma de cone, onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.

Gestantes

A PA deve ser obtida com a mesma metodologia recomendada para adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir da obtida na posição sentada. Considerar o quinto ruído de Korotkoff para a PAD. A hipertensão do avental branco (HAB) e a hipertensão mascarada (HM) são comuns na gravizez e, por isso, a MAPA e a MRPA podem constituir métodos úteis na decisão clínica. Para mais informações sobre HA em gestantes, consulte o Capítulo 9 desta diretriz.


Classificação



Normotensão

Considera-se normotensão quando as medidas de consultório são ≤ 120/80 mmHg e as medidas fora dele (MAPA ou MRPA) confirmam os valores considerados normais. Define-se HA controlada quando, sob tratamento anti-hipertensivo, o paciente permanece com a PA controlada tanto no consultório como fora dele.

Pré-hipertensão

A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e 139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg. Os pré-hipertensos têm maior probabilidade de se tornarem hipertensos e maiores riscos de desenvolvimento de complicações CV quando comparados a indivíduos com PA normal, ≤ 120/80 mmHg,
necessitando de acompahamento periódico.

Efeito do avental branco

O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. Essa situação não muda o diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é normotenso, permanecerá normotenso, e se é hipertenso, continuará sendo hipertenso; pode, contudo, alterar o estágio e/ou dar a falsa impressão de necessidade
de adequações no esquema terapêutico.

Hipertensão do avental branco

É a situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. Com base em quatro estudos populacionais, a prevalência global da HAB é de 13% (intervalo de 9-16%) e atinge cerca de 32% (intervalo de 25-46%) dos hipertensos, sendo mais comum (55%) nos pacientes em estágio 1 e 10% no estágio 3.
Se, em termos prognósticos, a HAB pode ser comparada à normotensão é uma questão ainda em debate, porque alguns estudos revelam que o risco CV em longo prazo desta condição é intermediário entre o da HA e o da normotensão.

FLUXOGRAMA DO DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL




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quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Regra de Naegele

Como calcular data de parto com a Regra de Naegele?

Um dos métodos usados para determinar a data provável do parto é a Regra de Naegele ou Regra de Nagele. A primeira dúvida de uma mulher quando descobre que está grávida costuma ser: qual é a data de nascimento do bebê?

Essa fórmula tem em conta a duração da gravidez em 40 semanas e calcula a data prevista do parto a partir do primeiro dia da última menstruação da mulher.

A regra de Naegele parte do princípio que o ciclo menstrual dura 28 dias.  Pode usar esse método se o seu ciclo menstrual for regular, isto é, de 28 dias.

Pegue no primeiro dia da última menstruação e some 9 meses mais 7 dias (cerca de 280 dias). O total dá a data de nascimento do seu filho.

Atenção: Se o seu ciclo menstrual for irregular e tiver outra duração o cálculo também é adaptado. Para quem tem um ciclo de 26 dias, deve somar-se 9 meses mais 5 dias desde a última menstruação (cerca de 278 dias). Por exemplo: se a data da última menstruação foi o 12 de Abril, o bebê deverá nascer a 17 de Janeiro do ano seguinte.

E para um ciclo de 32 dias, calculam-se 9 meses mais 11 dias (perto de 284 dias).

Como é um cálculo aproximado, não tem em conta as mulheres com um ciclo superior ou inferior a 28 dias. Assim sendo, a data do parto pode sofrer variações consoante a duração de cada ciclo. Apenas 5% das crianças nascem exatamente na data provável do parto. De acordo com estatísticas, na maior parte dos casos registra-se um adiantamento ou atraso de essa data prevista. Normalmente, 97% das mulheres dão à luz entre as 38 e as 42 semanas da gravidez. No primeiro caso seus bebês são conhecidos como prematuros e no segundo por pós maduros.


domingo, 4 de setembro de 2016

Transformação de % em ppm

O primeiro passo é estabelecermos a correlação entre uma medida em porcentagem com uma em ppm (partes por milhão).

Um por cento significa uma parte em cem, logo dez em mil, portanto dez mil em um milhão. Assim sendo, um porcento equivale a dez mil partes por milhão. Concluindo, para transformar um valor de porcentagem para ppm é só multiplicarmos por 10.000; e para transformarmos ppm em porcentagem é só dividirmos o valor por 10.000.

Exemplificando: hipoclorito a 2% é o mesmo que a 20.000 ppm.

Realizada esta etapa temos que determinar a quantidade de cloro que
precisaremos, que pode ser obtido pela seguinte regra de três:
ppm final (Cf) ----------------------------------- 10.000
quantidade de cloro------------------------ Volume final da solução (Vf)

Vamos agora determinar em que volume da solução inicial encontramos a quantidade de cloro requerida. Isto pode ser obtido por uma nova regra de três:

ppm inicial (Ci) ----------------------------------10.000
quantidade de cloro-------------------------- Volume retirado (Vr)

A fórmula pode ser tratada matematicamente, sendo simplificada:

Da primeira equação, temos: Cf X Vf = Quantidade de cloro X 10.000
Da segunda equação, temos: Ci X Vr = Quantidade de cloro X 10.000

Substituindo-se as igualdades nas duas equações, teremos:

Cf X Vf = Ci X Vr


Donde concluímos:

Vr = (Cf X Vf) dividido por Ci

Onde:

Vr volume retirado
Cf concentração final desejada
Vf volume final
Ci concentração inicial

Exemplificando, se partimos de uma solução com 5,25% de cloro e quisermos ter um galão de 20 litros com 250 ppm, para sabermos quanto devemos retirar do produto original, basta primeiramente multiplicar 2,25 por 10.000, obtendo o equivalente em ppm da solução original (52.500). Aplicando-se a fórmula, para cálculo em ml, temos: 250 X 20.000 dividido por 52.500. Fazendo-se as contas
chegaremos a 95 ml.

Descontaminação X Desinfecção

Descontaminação

Descontaminação e desinfecção não são sinônimos. A descontaminação tem por finalizada reduzir o número de micro-organismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros para manuseá-los, isto é, ofereçam menor risco ocupacional. O uso de agentes químicos desinfetantes como glutaraldeido, formaldeído, hipoclorito de sódio e outros no processo de descontaminação, prática largamente utilizada, não tem fundamentação. O agente químico é impedido de penetrar nos micro-organismos pois há tendência das soluções químicas ligarem-se com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para ligarem-se aos micro-organismos nas proporções necessárias dando uma "falsa segurança no manuseio do material como descontaminado. Além disso o uso desses agentes na prática da descontaminação causa uma aderência de precipitado de matéria orgânica do artigo, prejudicando sobremaneira a posterior limpeza.

Qual o conceito de limpeza e porque ela deve preceder os procedimentos de desinfecção e esterilização dos artigos?

Desinfecção

O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo de eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogênicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados. A destruição de algumas bactérias na forma esporulada também pode acorrer, mas não se tem o controle e a garantia desse resultado.
No seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a eliminação de alguns esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e todos os vírus. A desinfecção de alto nível é indicada para ítens semi-críticos como lâminas de laringoscópios, equipamento de terapia respiratória, anestesia e endoscópio de fibra ótica flexível. O agente mais comumente utilizado para
desinfecção de alto nível é o glutaraldeido. Na desinfecção de nível intermediário não é esperada ação sobre os esporos bacterianos e ação média sobre vírus não lipídicos, mas que seja tuberculicida, elimine a maioria dos fungos e atue sobre todas as células vegetativas bacterianas. Cloro, iodóforos, fenólicos e álcoois pertencem a este grupo. Os desinfetantes desta classificação, juntamente com os de baixo nível, são tipicamente usados para artigos que entrarão em contato somente com a pele íntegra ou para desinfecção de superfícies. Na desinfecção de baixo nível não há ação sobre os esporos ou bacilo da tuberculose, podendo ter ou não ação sobre vírus não lipídicos e com atividade relativa sobre fungos, mas capaz de eliminar a maioria das bactérias em forma vegetativa. Compostos com quaternário de amônia são exemplos de desinfetantes de baixo nível.
Quando se fala em processo de desinfecção, subentende-se o uso de agentes químicos, cujos princípios ativos permitidos pelo Ministério da Saúde, através da Portaria número 15 de 1988 são: os aldeídos, fenólicos, quaternário de amônia, compostos orgânicos liberados de cloro ativo, iodo e derivados, álcoois e glicóis, biguanidas e outros, desde que atendam à legislação específica.

Apesar da grande oferta de produtos químicos no mercado, a escolha do mais adequado não é uma tarefa fácil. Várias características devem ser consideradas nesta seleção:

- amplo espectro de ação antimicrobiana;
- inativar rapidamente os micro-organismos;
- não ser corrosivo para metais;
- não danificar artigos ou acessórios de borracha, plásticos ou equipamento ótico;
- sofrer pouca interferência, na sua atividade, de matéria orgânica;
- não ser irritante para a pele e mucosas;
- possuir baixa toxicidade;
- tolerar pequenas variações de temperatura e de pH;
- ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente;
- manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições;
- ser um bom agente umectante;
- ser de fácil uso;
- ser inodoro, ou ter odor agradável;
- ter baixo custo;
- ser compatível com sabões e detergentes;
- ser estável quando concentrado ou diluído.

Quais são os aspectos fundamentais a serem considerados no processo de desinfecção?

Fonte: Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar. Caderno C - Métodos de Proteção Anti-Infecciosa. ANVISA

sábado, 3 de setembro de 2016

Linfedema pós-infeccioso


O linfedema ou edema linfático é uma das principais complicações da erisipela. Que ocorre quando há a destruição do vaso linfático pelo processo infeccioso da pele acumulando líquido linfático no espaço intersticial do tecido subcutâneo.

Pode ser classificado de acordo com a etiopatogenia em primário e secundário. O primário resulta de anomalias do desenvolvimento do sistema linfático durante a linfangiogenese; o secundário compreende a maioria dos casos de linfedema e resulta da obstrução ou disfunção do sistema linfático, adquirida, geralmente devido a doença infecciosa, obstrução neoplásica ou tratamento associado a doença neoplásica [linfadenectomia, radioterapia], intervenções cirúrgicas, lesões traumáticas e doenças inflamatórias.
 O linfedema é um edema, ou seja, um inchaço duro e persistente, que caso não tratado, pode tornar-se uma doença crônica, alterando a estética, a mobilidade, além de causar uma sensação de peso e desconforto na região afetada. 

O tratamento consiste em medicações linfotônicas, drenagem linfática, elastocompressão.
*Procure seu cirurgião vascular*



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Bulhas cardíacas


a) B1 (TUM-TÁ) = Os sons são gerados pela vibração dos folhetos valvares após o seu fechamento, causado pela movimentação de sangue no interior dos ventrículos. O seu primeiro componente é secundário ao fechamento da válvula mitral (M1) e seu segundo componente secundário ao fechamento da válvula tricúspide (T1). Coincide com o ictus cordis e o pulso carotídeo, sendo mais intenso em foco mitral. A duração é pouco maior do que a B2 e o timbre é grave (TUM). Indica o início da sístole ventricular.

b) B2 (TUM-TÁ) = É gerada pela desaceleração da coluna líquida sobre as valvas aórtica e pulmonar já fechadas, provocando assim vibrações da coluna líquida e das estruturas adjacentes, como aparelho valvar, paredes vasculares e via de saída dos ventrículos. Coincide com o início da diástole, sendo composto inicialmente pelo fechamento da válvula aórtica (A2) e depois da pulmonar (P2). É mais intenso em foco aórtico e pulmonar, sendo o timbre mais agudo e seco (TÁ). A duração é menor do que B1. Pode sofrer desdobramento inspiratório (TUM-TRÁ).

c) B3 (TUM-TÁ--TÁ) = Som que ocorre entre a proto e mesodiástole, sendo gerado pela brusca desaceleração da coluna de sangue contra as paredes ventriculares no final da fase de enchimento rápido. Melhor audível em área mitral em decúbito lateral esquerdo. Ocorre na insuficiência cardíaca, sendo um indicador da sua gravidade Pode ser fisiológico em crianças e adolescentes.

d) B4 (TRRUM-TÁ) = Ocorre na telediástole e é gerado pela desaceleração da coluna sangüínea que é impulsionada pelos átrios na fase de contração atrial  contra a massa sangüínea existente no interior do ventrículo esquerdo, no final da diástole. Representa uma contração atrial contra um ventrículo pouco complacente acarretando rápida desaceleração do sangue ejetado. É um achado comum na doença isquêmica do coração e na miocardiopatia hipertrófica.

Alterações de B1:

a) B1 hipofonético = BAV de 1º grau, regurgitação mitral, diminuição da contratilidade de VE (insuficiência cardíaca).
b) B1 hiperfonético = Taquicardia e estados de alto débito cardíaco (ex: anemia, exercício, hipertireoidismo), estenose mitral.
c) Desdobramento de B1 = Se muito amplo, suspeitar de bloqueio de ramo direito, acarretando atraso no fachamento da válvula tricúspide (trum-tá).

Alterações de B2:

a) A2 hipofonético = Estenose aórtica calcificada e regurgitação aórtica.
b) A2 hiperfonético = HAS, dilatação aórtica e coarctação de aorta.
c) P2 hipofonético = Aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax e estenose pulmonar.
d) P2 hiperfonético = Hipertensão pulmonar, dilatação da artéria pulmonar e comunicação interatrial.
e) Desdobramento de B2 (auscultado em foco pulmonar) = Podemos observar no sujeito normal um desdobramento fisiológico de B2 durante a inspiração. Em situações patológicas ocorre um amplo desdobramento de B2 (bloqueio de ramo direito, estenose pulmonar, dilatação aguda ou crônica do VD). Pode ser constante e variável, acentuando-se na inspiração (bloqueio de ramo direito) ou constante e fixo, permanecendo inalterado durante o ciclo respiratório (CIA, estenose pulmonar). O desdobramento pode ser paradoxal, surgindo na expiração, por um retardo na formação de A2 (bloqueio de ramo esquerdo).

B3 patológica: corações "moles" (dilatados + aumento da complacência)
B4 patológica: corações "duros" (hipertrofia + diminuição da complacência)

Outros Sons Cardíacos:

a) Clique de Ejeção Sistólica = Som que acompanha a abertura da válvula aórtica durante a sístole.
b) Clique Mesosistólico = Pode ocorrer no polapso de válvula mitral.
c) Estalido de Abertura Mitral = Som que acompanha a abertura da valva mitral, durante a diástole, podendo ocorrer nas estenoses desta válvula..

Ritmos de Galope: Ocorre em disfunção miocárdica por súbita desaceleração do fluxo sanguíneo ao penetrar nos ventrículos. Indica sofrimento miocárdico ou insuficiência cardíaca. Podemos ter os seguintes ritmos:

a) Ritmo de galope ventricular (TUM-TÁ--TÁ) = Sempre associado à taquicardia, formado por B3 patológica, sendo indicativo de ICC.
b) Ritmo de galope atrial (TRRUM-TÁ) = Formado por B4, indicando crise hipertensiva, cardiopatia isquêmica, estenose aórtica e miocardiopatia hipertrófica.
c) Ritmo de galope de soma = Ritmo de galope ventricular + ritmo de galope atrial (B3 + B4).

Fonte: GESEP - Grupo de Estudos em Semiologia e Propedêutica - gesepfepar.com

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