quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Acidentes por serpentes

No Brasil, quatro tipos de acidente são considerados de interesse em saúde: botrópico, crotálico, laquético e elapídico. Acidentes por serpentes não peçonhentas são relativamente frequentes, porém não determinam acidentes graves, na maioria dos casos, e, por isso, são considerados de menor importância médica.

ACIDENTE BOTRÓPICO (jararaca, jararacuçu, urutu, caiçaca) Corresponde ao acidente ofídico de maior importância epidemiológica no país. A taxa de letalidade é de 0,3%. Nas primeiras horas após a picada, visualiza a presença de edema, dor e equimose na região da picada, que progride ao longo do membro acometido. As marcas de picada nem sempre são visíveis, assim como o sangramento nos pontos de inoculação das presas. Bolhas com conteúdo seroso ou serohemorrágico podem surgir na evolução e dar origem à necrose cutânea. As principais complicações locais são decorrentes da necrose e da infecção secundária que podem levar à amputação e/ou déficit funcional do membro. Os sangramentos em pele e mucosas são comuns (gengivorragia, equimoses à distância do local da picada); hematúria, hematêmese e hemorragia em outras cavidades podem determinar risco ao paciente. Hipotensão pode ser decorrente de sequestro de líquido no membro picado ou hipovolemia consequente a sangramentos, que podem contribuir para a instalação de insuficiência renal aguda.



ACIDENTE LAQUÉTICO (surucucu, pico-de-jaca) As manifestações, tanto locais, como sistêmicas, são indistinguíveis do quadro desencadeado pelo veneno botrópico. A diferenciação clínica se faz quando, nos acidentes laquéticos, estão presentes alterações vagais, como náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia,
hipotensão e choque.

ACIDENTE CROTÁLICO (cascavel) A dor e o edema são usualmente discretos e restritos ao redor da picada; eritema e parestesia são comuns. Sistêmicos são o aparecimento das manifestações neuroparalíticas que tem progressão craniocaudal, iniciando-se por ptose palpebral, turvação visual e oftalmoplegia. Distúrbios de olfato e paladar, além de ptose mandibular e sialorréia podem ocorrer com o passar das horas. Raramente, a musculatura da caixa torácica é acometida, o que ocasiona insuficiência respiratória aguda. Essas manifestações neurotóxicas regridem lentamente, porém são totalmente reversíveis. Pode haver gengivorragia e outros sangramentos discretos. Progressivamente, surgem mialgia generalizada e escurecimento da cor da urina (cor de “refrigerante de Cola” ou “chá preto”). A insuficiência renal aguda é a principal complicação e causa de óbito.

ACIDENTE ELAPÍDICO (coral verdadeira) – dor e parestesia na região da picada são discretas, não havendo lesões evidentes. Fácies miastênica ou neurotóxica (comum ao acidente crotálico) constitui a expressão clínica mais comum do envenenamento por coral verdadeira; as possíveis complicações são decorrentes da progressão da paralisia da face para músculos respiratórios.





NÃO FAZER EM HIPÓTESE NENHUMA

Torniquete ou garrote;
Cortar ou perfurar o local (ou próximo da) picada;
Colocar folhas, pó de café ou qualquer substância que possa contaminar a ferida;
Oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou qualquer outro líquido tóxico;
Fazer uso de qualquer prática caseira que possa retardar o atendimento médico. Um procedimento que não é recomendado pelo Instituto Butantan, mas que era feito até há algum tempo atrás, na impossibilidade do transporte imediato do acidentado para um Posto Médico, logo após a picada, puncionar em volta da picada com uma agulha esterilizada (uns 15 a 20 furos) e chupar o sangue que saísse, cuspindo-o em seguida (nunca porém deve-se fazer isso se tiver cárie ou ferida na boca).

O QUE FAZER:

Não perca tempo em procurar ajuda, pois o tratamento deve ser feito o mais rápido possível.
Deitar e acalmar a vítima; o acidentado não deve locomover-se com os próprios meios;
Lavar o local da picada apenas com água ou com água e sabão;
Aplicar compressa de gelo no local;
Transportar (em maca) a vítima ao Médico mais próximo, para tratamento (aplicação do soro);
SEMPRE QUE POSSÍVEL levar junto a cobra (viva ou morta) para identificação.


Alguns Soros produzidos pelo Instituto Butantan são:
  • Antibotrópico
    • para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu
  • Anticrotálico 
    • para acidentes com cascavel.
  • Antilaquético
    • para acidentes com surucucu.
  • Antielapídico
    • para acidentes com coral.
  • Antibotrópico
    • para acidentes com jararaca, jararacuçu, urutu,
  • Antiaracnidico
    • para acidentes com aranhas (armadeira e  marrom)
  • Antiescorpiónico
    • para acidentes com escorpiões
  • Anilonomia 
    • para acidentes com taturanas do gênero Lonomia.
Fonte: Instituto Butantan

Quais são as diferenças entre cobras venenosas e não venenosas?


As diferenças servem como um guia geral, mas comportam muitas exceções. Consideram-se alguns fatores:
  • As cobras venenosas têm aneis coloridos completos pretos, brancos, vermelhos ou amarelos.
  • As cobras venenosas têm cabeça triangular, bem destacada do corpo e coberta pelas mesmas escamas do corpo. As cobras não venenosas têm cabeça arredondada e coberta por placas.
  • As cobras venenosas têm cauda curta, que se afila bruscamente; as cobras não venenosas têm cauda longa, que se afila gradualmente.
  • As cobras venenosas têm presas na parte anterior da boca. As cobras não venenosas têm dentes serrilhados.
  • As cobras venenosas têm olhos grandes e pupilas como fendas verticais. As não venenosas têm olhos pequenos e pupilas arredondadas.
  • As cobras venenosas têm um pequeno orifício entre os olhos e as narinas, a chamada fosseta loreal; as não venenosas não têm. Com exceção da cobra coral, que não tem fosseta loreal, mas é venenosa.
  • As escamas das cobras venenosas são alongadas e pontudas, dando ao tato uma sensação de aspereza. As outras têm escamas miúdas e dão, ao tato, um aspecto liso e escorregadio.
  • As cobras venenosas têm hábitos noturnos (embora também possam ser avistadas de dia).
  • As serpentes inofensivas fogem quando ameaçadas; as peçonhentas não e assumem atitude de ataque (elas se enrolam e armam o bote).

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Avaliação do recém nascido

Curso avaliação do RN



Capítulos abordados

  • Avaliação e assistência ao RN
  • CLASSIFICAÇÃO DO RN DE ACORDO COM A IDADE GESTACIONAL
  • CLASSIFICAÇÃO DO PREMATURO
  • CLASSIFICAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL CONFORME PESO AO NASCER
  • RN DE ALTO RISCO
  • CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO PREMATURO
  • CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO PÓS TERMO
  • COMPLICAÇÕES DO PÓS TERMO
  • PECULIARIDADES DA PELE DO NEONATO
  • GÂNGLIOS LINFÁTICOS
  • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA HIPOGLICEMIA
  • OUTROS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL AO NASCER
  • Método de Capurro
  • Avaliação somática
  • ABORDAGEM DA CRIANÇA PARA O EXAME FÍSICO
  • BOLETIM DE APGAR
  • AVALIAÇÃO TRANSICIONAL
  • MEDIDAS ANTROPOMÊTRICAS
  • SINAIS VITAIS
  • AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

6 vacinas terão novo calendário no SUS



Para crianças com 5 anos incompletos terá mudança no tipo de produto e intervalos das doses de : poliomielite, pneumocócica-10-valente, vacina contra hepatite A e meningocócica C.

A vacina pneumocócica-10-valente será aplicada em 2 doses e um reforço, sendo uma aos dois meses e outra aos quatro meses com reforço a partir dos 12 meses.

Vacina contra HPV sera aplicada em duas doses.

A vacina contra hepatite B será aplicada também em pessoas acima de 50 anos e idosos.

Fonte: Folha de São Paulo.

Baixe os aquivos de estudo

https://www.passeidireto.com/perfil/19807701/materiais

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Cientistas americanos descobriram a causa da ELA



Cientistas americanos descobriram a causa da doença degenerativa: a Esclerose Lateral Amiotrófica. Essa descoberta abrirá caminho para a pesquisa de tratamentos para a doença que provoca a morte dos neurônios motores, que são as células nervosas responsáveis por todos os movimentos do corpo. Aos poucos, os doentes perdem a capacidade de se mover, de falar, de engolir e de respirar.

Os pesquisadores estudaram casos da doença ligados a mutações numa proteína chamada SOD1. Eles descobriram que a SOD1 cria um aglomerado temporário de três moléculas - chamado de trímero. Esse trímero é altamente tóxico para os neurônios motores, o que leva à morte dessas células.

É provável que essa descoberta também abra caminho a descoberta do tratamento para Parkinson e Alzheimer.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sistema esquelético

Sistema esquelético



Certificado válido de 4 horas!!



Conteúdo

  • Sistema esquelético e fraturas
  • O que é osso?
  • Funções dos ossos
  • FUNÇÕES DO ESQUELETO
  • CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
  • ASPECTO MACROSCÓPICO
  • Descrição de superfícies ósseas
  • CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
  • FRATURAS
  • Consolidação óssea
  • Tratamento
  • Cuidados de enfermagem em imobilizações
  • Aparelho gessado
  • Tração
  • Fixação externa
  • Prótese de quadril

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Vacina contra dengue

Vacina contra dengue é aprovada pela Anvisa e deve ser vendida em 3 meses





A ANVISA (Agência nacional de vigilância sanitária) aprovou a primeira vacina contra a dengue no país (Dengvaxia®). A decisão foi publicada ontem (28/12) no Diário oficial da União. A vacina da multinacional francesa Sanofi Pasteur já recebeu o aval de agências reguladoras no México e Filipinas. A expectativa no Brasil é que esteja disponível no mercado privado em 3 meses. A vacina terá 3 doses destinada ao público entre 9 e 45 anos de idade e tem taxa de proteção de 66%.

A Dengvaxia® é feita com o vírus “enfraquecido” da Dengue, de forma que nosso sistema imunológico consegue reconhecê-lo e produzir anticorpos, gerando proteção sem que a doença se desenvolva.

O preço irá depender da estratégia que o governo federal irá adotar para ofertar o produto à população, mas o custo é visto como um problema pelo ministério da saúde. Cada dose da vacina custa em torno de R$ 84,00!

Ventilação mecânica


SUPORTE VENTILATÓRIO


  • VISA GARANTIR O FORNECIMENTO ADEQUADO DE O2 E A REMOÇÃO DE CO2
  • FORNECIMENTO OXIGENOTERAPIA
  • REMOÇÃO VENTILAÇÃO MECÂNICA
  • É O MÉTODO DE SUBSTITUIÇÃO FUNCIONAL MAIS UTILIZADO EM TERAPIA INTENSIVA

REQUER QUE O ENFERMEIRO (A) TENHA CONHECIMENTO :

  •  BÁSICO DO EQUIPAMENTO
  •  DAS MODALIDADES A SEREM UTILIZADAS
  •  PARÂMETROS INICIAIS UTILIZADOS NA VENTILAÇÃO MECÂNICA
  •  POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES
  •  CUIDADOS COM O CLIENTE

Por pressão negativa

O respirador aplica uma pressão negativa sobre a parede torácica do paciente desta forma o ar é inspirado normalmente e a expiração se processa passivamente Ex: tanque ou pulmão de aço

Por pressão positiva

O gás é injetado sob pressão para dentro dos pulmões, enquanto a expiração se processa passivamente com a saída do ar por uma válvula expiratória.

Volume Corrente (VC)

É o volume de gás administrado pelo ventilador a cada ciclo respiratório, sendo mensurado em litros ou mililitros, está relacionado com o peso corporal e varia de acordo com as necessidades de cada paciente.
* 5 a 8 ml/kg de peso

Freqüência Respiratória (FR)

É a freqüência com que se administra o volume corrente ao paciente, mensurados em ciclos respiratórios por minuto
* 12 a 20 rpm

Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2)

O respirador administra a concentração de O2 que tem seu valor variável de 21 a 100%.
A FiO2 ideal é aquela que consegue manter uma PaO2 ótima (80 a 90mmHg), sem ultrapassar o valor de 50%.

Sensibilidade (S)

Tem a finalidade de determinar o quanto mais fácil ou difícil o paciente inicia a respiração ou dispara o ventilador. A sensibilidade é mensurada em cmH2O e não pode ser controlada pelo paciente.
* -1,5 a –2,0 cm/H2O.

Tempo Inspiratório (TI)

É o intervalo de tempo durante o qual o ventilador promove insuflação pulmonar
* 0,8 a 1,2 seg

Tempo Expiratório (TE)

É o intervalo de tempo durante o qual ocorre a desinsuflação pulmonar passiva.

Relação Insp/Exp

É uma relação muito importante na ventilação mecânica, a relação fisiológica no adulto é de 1:2.

Fluxo (F)

Pode se conceituado como a velocidade aérea com que o gás penetra nos pulmões.
* 40 a 60 l/min

Pressão (P)

É a pressão com a qual o ventilador mecânico insufla os pulmões e expande a caixa torácica.
* 20 a 30 cm H2O

PEEP

Ao final da expiração a pressão retorna a sua linha de base zero, permanecendo positiva.
* 3 a 5 cmH2O
CURSO VENTILAÇÃO MECÂNICA

Com certificado de 7 horas