Função do Carvão ativado

Caso clínico

(UNIFESP, 2012/Residência multiprofissional em saúde)

Foi admitida na sala de emergência uma paciente de 19 anos, em coma, pós-ingestão de 50 comprimidos de benzodiazepínicos (Diazepam). O médico prescreveu lavagem gástrica e após este procedimento, deverá ser iniciado carvão ativado 40g por sonda gástrica.

Qual a função do carvão ativado?

O uso clínico do carvão ativado é baseado na sua propriedade adsortiva que significa interagir quimicamente, retendo um material sobre sua superfície. É utilizado nos tratamentos em casos de intoxicações e atua adsorvendo a substância tóxica, diminuindo a quantidade disponível para absorção pelo sistema digestório, mas, também age em substâncias já absorvidas, como nos casos de bases fracas ou aquelas com circulação entero-hepática, a qual é interrompida por ação do carvão ativado. A substância tóxica retida pelo carvão ativado pode adsorver o tóxico não somente no estômago, como também ao longo do trato gastrintestinal, sendo utilizado após a lavagem gástrica.

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PHTLS

Segundo o PHTLS após a análise da cena deve-se realizar a avaliação primária da vítima do trauma em cinco etapas:

A- Atendimento da via aérea e controle da coluna cervical.
B- Avaliação da ventilação.
C- Avaliação da circulação com controle de hemorragias.
D- Avaliação de disfunção neurológica.
E- Exposição da vítima com controle da hipotermia.


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Tríade letal no trauma

A tríade letal em pacientes vítimas de trauma grave está relacionada à combinação de hipotermia, acidose metabólica e coagulopatia.

A hipotermia é comum nos pacientes vítimas de trauma, em consequência de acentuada perda sanguínea, exposição do doente, reanimação com fluídos não aquecidos ou perda da capacidade de termorregulação em pacientes intoxicados ou com danos neurológicos. Esses fatos acarretam a hipoperfusão tecidual resultante da vasoconstrição periférica, que tem início a partir de uma intensa descarga simpática.

A redução na oferta de oxigênio e a conversão do metabolismo aeróbico em anaeróbico culminam em acidose metabólica. A acidose metabólica agrava o quadro de coagulopatia pela inativação de fatores de coagulação pH-dependentes. Além disso a acidose pode sobrecarregar o sistema respiratório na tentativa de realizar uma alcalose respiratória compensatória. Essa alteração também pode levar à diminuição da contratilidade miocárdica e reduzir a pós-carga.

A hipotermia é um importante fator no desenvolvimento do distúrbio de coagulação porque inibe a interação do fator de von Willebrand com as glicoproteínas plaquetárias, ocasionando disfunção plaquetária; inativa os fatores de coagulação temperatura-dependentes; induz alterações no sistema fibrinolítico e gera anormalidades endoteliais.

Em temperaturas menores que 35ºC, os fatores de coagulação entram em um estado de hipometabolismo agravando o quadro clínico. A administração excessiva de fluídos, na tentativa de reposição volêmica no paciente instável, é uma importante causa de coagulopatia devido à hemodiluição que decorre tanto da infusão acentuada de cristaloides quanto das transfusões sanguíneas.


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RCP na gestante

O início de uma reanimação cardiopulmonar na gestante segue o mesmo passo a passo do Suporte básico de vida em adulto, com apenas algumas alterações. A partir de 20 semanas o útero gravídico comprime a veia cava inferior, e assim, a descompressão da veia cava deve ser feita colocando a gestante de 15º a 30º de decúbito lateral esquerdo ou deslocando o útero para o mesmo lado. Deve-se aplicar pressão cricóide durante a ventilação por pressão positiva em qualquer mulher grávida inconsciente. Realizar compressões torácicas na região mais alta do esterno para corrigir a elevação do diafragma.

Suporte básico de vida em pediatria

• Assim como nos adultos, a reanimação em pediatria (excluindo-se o período neonatal) inicia-se com as compressões. Em pediatria, quando há apenas 1 socorrista, a relação são 30 compressões para 2 ventilações.

• O procedimento "ver, ouvir e sentir" a respiração foi eliminado do procedimento de reanimação em adultos e crianças, conforme Diretrizes da AHA 2010.

• Para bebês, prefira o uso de um desfibrilador manual a um DEA/DAE. Se não houver um desfibrilador manual disponível, prefira um DEA/DAE equipado com um atenuador de carga pediátrico. Se nenhum dos dois estiver disponível, use um DEA/DAE sem atenuador de carga pediátrico.

• A reaniação depende da avaliação simultânea da respiração e da frequência cardíaca (FC). A FC é o principal determinante da decisão de indicar as diversas manobras de reanimação. Logo após o nascimento, o RN deve respirar de maneira regular, suficiente para manter a FC acima de 100 bpm. A FC deve ser avaliada por meio da ausculta do precórdio com estetoscópio, podendo eventualmente ser verificada pela palpação do pulso na base do cordão umbilical. Tanto a ausculta precordial quanto a palpação do cordão podem subestimar a FC.

Principais componentes de SBV

Como reduzir o Colesterol?

Uma dieta saudável com frutas, peixe e frutos secos te ajudarão a reduzir os níveis de colesterol mau LDL

Uma alimentação saudável é um dos pilares para desfrutar de uma boa qualidade de vida e uma saúde excelente. Melhorar seus hábitos alimentícios pode reduzir os principais fatores de risco cardiovascular, entre eles o colesterol. O mais importante é que  uma dieta equilibrada e variada pode prevenir uma doença do coração. 

Se você quer melhorar seus níveis de colesterol no sangue, sua dieta deve incluir: 

Frutas e verduras:

As frutas previnem a diabete tipo 2 e as doenças do coração: vários estudos comprovam que são importantes, já que alguns de seus compostos químicos naturais, como os fitoesteróis, podem atuar sobre células implicadas no desenvolvimento da arteriosclerose (estreitamento das artérias). 

1. Também melhoram os níveis de colesterol no sangue. Contém grandes quantidades de fibra, minerais, proteínas vegetais e vitaminas que protegem a saúde do coração.
2. São fontes naturais de substância antioxidantes: escolha frutas vermelhas tais como: morango, uva, ameixa ou tomate) já que contém um potente antioxidante do grupo dos flavonóides chamado antocianina. 
3. Aumente o consumo de frutas, verduras e vegetal comendo pelo menos 5 porções diárias. 
4. Consuma alcachofras, escarola ou cenoura por seu conteúdo em caroteno, fibras e vitamina C.
5. Os cítricos como o limão são recomendáveis pelo seu alto teor em vitamina C ou ácido ascórbico. Também são ricas em vitaminas as frutas exóticas como o abacaxi, goiaba, manga e mamão. 

Os cereais integrais são carboidratos complexos que contém mais vitaminas, minerais e antioxidantes que os cereais refinados, além de proporcionarem energia ao nosso corpo. 

1. Quanto maior o consumo de cereais integrais, menor o risco de doenças do coração, segundo diversos estudos e investigações. 
2. Acrescente cereais variados a sua dieta, especialmente os integrais por seu alto conteúdo em fibras. A Associação Americana do Coração aconselha que comer seis porções diárias.

Azeite de oliva virgem:

O azeite de oliva é um alimento rico em antioxidantes muito importantes para prevenir as doenças do coração. 

1. Utilize azeite de oliva como fonte de gordura. Melhor que seja o virgem extra.
2. É rico en ácido oleico, um tipo de gordura monoinsaturada que reduz os níveis de colesterol LDL (mau) no sangue, como comprovado por diversos estudos como o PREDIMED.
3. Contém vitamina E e substâncias antioxidantes, como o alfa-tocoferol, carotenos e polifenóis, cuja concentração varia em função da madurez da  azeitona e da tecnologia de preparação.
4. Se você quer usar azeites mais saudáveis, pode substituir os azeites vegetais de sementes (por exemplo, de girassol) por outros azeites, como o azeite de oliva.

Legumes:

Grão de bico, lentilha, feijão e ervilha são leguminosas que pertencem a família botânica das Fabaceae. 

1. Possuem um alto teor em proteínas, carboidratos, fibras alimentícias, minerais, vitaminas e compostos antioxidantes.
2. Combinados com cereais (como o arroz) são uma fonte de proteínas de qualidade, equivalente a um bife de carne, mas sem colesterol. 
3. Por suas propriedades nutritivas podem contribuir para uma dieta mais saudável. 
4. Reduzem a concentração de colesterol no sangue e protegem a saúde do coração.
5. Uma dieta balanceada deveria incluir legumes três vezes por semana.

Peixes:

O peixe é uma boa fonte de proteína além de ter menos caloria que a carne de vaca.

O peixe é um alimento animal de alta qualidade nutricional que proporciona aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais, tais como potássio e magnésio.

1. Contém gorduras poliinsaturadas (ômega-3 e ômega-6), que diminuem o colesterol LDL (mau) e aumentam o colesterol bom (HDL).
2. Consuma peixe, especialmente salmão, sardinha, atúm ou anchova), já que são ricos en gorduras ômega 3.
   A Associação Americana do Coração recomenda comer peixe pelo menos duas vezes por semana.

Frutos secos:

São especialmente recomendados para o coração os frutos secos que contenham casca, como a amêndoa, avelã ou noz, já que reduzem os fatores de risco de doenças cardiovasculares (diabete tipo 2, colesterol LDL e obesidade).

1. São muito nutritivos e contém fibras e compostos antioxidantes (fitoesteróis, tocoferóis, compostos fenóicos ou resveratrol).
2. Apesar de serem muito calóricos (pois têm uns 50% de gordura ou mais) são recomendáveis para uma dieta saudável, já que se costuma comer em pouca quantidade. 
3. Se você quer desfrutar de uma alimentação saudável, coma  um pouco de  frutos secos pelo menos 4 vezes por semana.

Para reduzir seus níveis de colesterol você deve reduzir:

• o consumo de gorduras saturadas, presentes em carne de vaca, leite, queijo e derivados lácteos integrais. O excesso deste tipo de gordura, aumenta a concentração de colesterol LDL (mau).
  A Associação Americana do Coração aconselha que só 10% das calorias devem proceder das gorduras saturadas. Escolha leite, iogurtes ou quejos desnatados.
• ácidos graxos hidrogenados ou gorduras trans, presentes em enlatados ou alimentos pré-cozidos.
• ovos: é aconselhável comer só dois ovos por semana se você tem colesterol alto.
  São muito nutritivos (contém gorduras, vitaminas, minerais como magnésio, potássio e ácido fólico).

Para reduzir o colesterol, além de melhorar sua alimentação é importante ter um estilo de vida saudável (principalmente deixe de fumar, reduza o consumo de álcool, controle o peso) e, sobretudo, faça exercício físico de forma constante e moderada. 

Em alguns casos será necessário que o médico te receite medicamentos (estatinas) para reduzir os níveis de colesterol.