Algumas dicas de cálculos de medicamentos, cuidados de enfermagem, tratamentos, anatomia...
domingo, 25 de setembro de 2016
Controlar a glicemia de forma rígida reduz complicações
Controlar a glicemia de forma rígida de fato reduz bastante as complicações do diabetes, conforme mostrou uma revisão sistemática da Cochrane. O trabalho comparou pessoas com diabetes do tipo 1 que faziam um controle convencional da glicemia com outras que tinham metas mais rígidas a cumprir, para ver se a maior fiscalização da glicemia seria realmente benéfica — ou se seria somente um trabalho a mais. O estudo envolveu mais de 2 mil pessoas em vários países e mostrou que quem controla melhor a glicemia tem muito menos nefropatia (doença no rim), retinopatia e neuropatia.
Leia mais em: http://brazil.cochrane.org/news/controlar-glicemia-de-forma-r%C3%ADgida-reduz-complica%C3%A7%C3%B5es
Eliminar bactéria no estômago pode reduzir chance de ter câncer
A Cochrane produziu uma revisão sistemática de estudos realizados para verificar se eliminar a bactéria, mesmo nas pessoas que não têm sintoma de gastrite, faria com que o número de pessoas com câncer gástrico diminuísse. O Centro Cochrane do Brasil traduziu o resumo desse trabalho.
Quando retirar o corticoide oral em uso prolongado?
Pacientes em uso prolongado de corticoide oral: quando e como deve ser feita a retirada gradual?
Pacientes em uso prolongado de corticoide são considerados com possível risco de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal nas seguintes situações:
Nesses casos a redução deve ser gradual, com objetivo de prevenir o risco de recorrência da atividade da doença de base ou aparecimento dos sintomas da deficiência de cortisol devido à supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. É indicado a redução gradativa de 10 a 20% da dose, levando em consideração a conveniência e a resposta clínica do paciente.
O regime pode ser feito com redução de:
5 a 10 mg por dia por uma ou duas semanas, quando a dose em uso de prednisona for maior que 40 mg/dia de prednisona ou equivalente;
5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 40 a 20 mg/dia;
2,5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 20 e 10mg/dia;
1 mg por dia por duas a quatro semanas quando a dose de prednisona estiver abaixo de 10 mg/dia (a prednisona pode ser substituída por prednisolona solução oral, pela posologia, ou ser utilizada em dias alternados);
Pacientes com doença reumatológica podem apresentar recorrências dos sintomas da doença de base. No entanto, esses sintomas podem ser confundidos com sintomas da retirada do corticoide (artralgia e mialgia). Se os sintomas não forem graves, pode-se utilizar um AINE ou um analgésico por 7 a 10 dias. A resolução dos sintomas durante esse tempo sugere que os sintomas são relacionados à retirada. Se os sintomas não desaparecem, pode-se aumentar a dose do corticoide em 10 a 15% e manter essa dose por 2 a 4 semanas. Se não ocorrer melhora dos sintomas, será necessário dobrar a dose da prednisona. A retirada deve ser feita mais lentamente, a cada 4 semanas, ou com reduções menores (metade da dose utilizada).
Quando o desmame estiver abaixo da dose fisiológica, em torno de 7,5 mg de prednisona e eventualmente o paciente apresentar algum evento agudo como trauma, infecção ou cirurgia de grande porte, que demandar maior resposta adrenal, pode ser necessário um aumento temporário da dose. É importante fornecer ao paciente, por escrito, que este está em supressão de corticoterapia prolongada, para que, em eventual tratamento em emergência, seja usada reposição de corticoide intravenoso.
Existem duas situações que necessitam de retirada imediata do corticoide ou redução para uma dose fisiológica, ao invés de ser feito uma retirada gradual:
psicose induzida não responsiva a medicamentos antipsicóticos;
úlcera de córnea por herpes vírus, que pode evoluir rapidamente para perfuração da córnea e possibilidade de cegueira permanente.
Se a cessação imediata não puder ser feita, é recomendado utilizar a menor dose e descontinuar o uso assim que for possível.
A redução abrupta da corticoterapia, sem desmame gradual, é segura em pacientes recebendo qualquer dose de corticoide por menos de 3 semanas ou doses inferiores a 10 mg de prednisona ou equivalente em dias alternados, mesmo que por tempo mais prolongado.
Referências
GOROLL, A. H.; MULLEY JR, A. G. Primary care medicine: office evaluation and management of the adult patient. 7. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2014.
FURST, D. E.; SAAG, K. G. Glucocorticoid withdrawal. Waltham (MA): UpToDate, 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/glucocorticoid-withdrawal>. Acesso em: 14 set. 2016.
SILVEIRO, S. P.; SATLER, F. Rotinas em endocrinologia. Porto Alegre: Artmed, 2015.
Pacientes em uso prolongado de corticoide são considerados com possível risco de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal nas seguintes situações:
- pacientes recebendo dose diárias totais maior ou igual a 10 mg de prednisona (ou outro corticoide em dose equivalente) por mais de 3 semanas;
- pacientes recebendo dose noturna maior ou igual a 5 mg de prednisona por mais de 3 semanas;
- pacientes em uso de corticoide e aparência cushingoide.
Nesses casos a redução deve ser gradual, com objetivo de prevenir o risco de recorrência da atividade da doença de base ou aparecimento dos sintomas da deficiência de cortisol devido à supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. É indicado a redução gradativa de 10 a 20% da dose, levando em consideração a conveniência e a resposta clínica do paciente.
O regime pode ser feito com redução de:
5 a 10 mg por dia por uma ou duas semanas, quando a dose em uso de prednisona for maior que 40 mg/dia de prednisona ou equivalente;
5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 40 a 20 mg/dia;
2,5 mg por dia por uma ou duas semanas quando a dose de prednisona estiver entre 20 e 10mg/dia;
1 mg por dia por duas a quatro semanas quando a dose de prednisona estiver abaixo de 10 mg/dia (a prednisona pode ser substituída por prednisolona solução oral, pela posologia, ou ser utilizada em dias alternados);
Pacientes com doença reumatológica podem apresentar recorrências dos sintomas da doença de base. No entanto, esses sintomas podem ser confundidos com sintomas da retirada do corticoide (artralgia e mialgia). Se os sintomas não forem graves, pode-se utilizar um AINE ou um analgésico por 7 a 10 dias. A resolução dos sintomas durante esse tempo sugere que os sintomas são relacionados à retirada. Se os sintomas não desaparecem, pode-se aumentar a dose do corticoide em 10 a 15% e manter essa dose por 2 a 4 semanas. Se não ocorrer melhora dos sintomas, será necessário dobrar a dose da prednisona. A retirada deve ser feita mais lentamente, a cada 4 semanas, ou com reduções menores (metade da dose utilizada).
Quando o desmame estiver abaixo da dose fisiológica, em torno de 7,5 mg de prednisona e eventualmente o paciente apresentar algum evento agudo como trauma, infecção ou cirurgia de grande porte, que demandar maior resposta adrenal, pode ser necessário um aumento temporário da dose. É importante fornecer ao paciente, por escrito, que este está em supressão de corticoterapia prolongada, para que, em eventual tratamento em emergência, seja usada reposição de corticoide intravenoso.
Existem duas situações que necessitam de retirada imediata do corticoide ou redução para uma dose fisiológica, ao invés de ser feito uma retirada gradual:
psicose induzida não responsiva a medicamentos antipsicóticos;
úlcera de córnea por herpes vírus, que pode evoluir rapidamente para perfuração da córnea e possibilidade de cegueira permanente.
Se a cessação imediata não puder ser feita, é recomendado utilizar a menor dose e descontinuar o uso assim que for possível.
A redução abrupta da corticoterapia, sem desmame gradual, é segura em pacientes recebendo qualquer dose de corticoide por menos de 3 semanas ou doses inferiores a 10 mg de prednisona ou equivalente em dias alternados, mesmo que por tempo mais prolongado.
Referências
GOROLL, A. H.; MULLEY JR, A. G. Primary care medicine: office evaluation and management of the adult patient. 7. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2014.
FURST, D. E.; SAAG, K. G. Glucocorticoid withdrawal. Waltham (MA): UpToDate, 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/glucocorticoid-withdrawal>. Acesso em: 14 set. 2016.
SILVEIRO, S. P.; SATLER, F. Rotinas em endocrinologia. Porto Alegre: Artmed, 2015.
Fonte: https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/
Guia de Medicamentos
http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-748541222-livro-guia-de-medicamentos-_JM
Livro Clínica Médica
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Ferimentos de alto risco que necessitam de profilaxia
- Ferimentos profundos, especialmente por mordedura por gatos;
- Ferimentos moderados a graves associados a esmagamento;
- Ferimentos em áreas com comprometimento venoso ou linfático;
- Ferimentos em mãos ou próximos a ossos e articulações, particularmente se presença de próteses;
- Ferimentos em face e genitália;
- Ferimentos que necessitem de sutura;
- Ferimentos em imunocomprometidos.
A profilaxia deve ser realizada por 3 a 5 dias. O antibiótico de primeira escolha para mordeduras de cães e gatos é a amoxicilina-clavulanato. Alternativamente pode ser utilizada a associação de doxiciclina, sulfametoxazol-trimetoprim, penicilina oral, cefuroxime ou moxifloxacin e metronidazol ou clindamicina. Não se deve utilizar cefalexina, eritromicina e clindamicina isoladamente, devido à comprovada resistência a esses antibióticos.
Leia mais em:
BADDOUR, L. M. Soft tissue infections due to dog and cat bites. Waltham (MA): UpToDate, Inc.; 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/soft-tissue-infections-due-to-dog-and-cat-bites>.
ENDOM, E.E. Initial management of animal and human bites. Waltham (MA): UpToDate, Inc.; 2016. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/initial-management-of-animal-and-human-bites>.
DYNAMED. Mammalian bite [Internet]. Ipswich (MA): EBSCO Publishing; 2016. Acesso via Portal Saúde Baseada em Evidências <http://psbe.ufrn.br/>.
STEVENS, D. L.; BISNO, A. L.; CHAMBERS, H. F. et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of skin and soft tissue infections: 2014 update by the infectious diseases society of america. Clinical Infectious Diseases, Chicago, v. 59, n. 2, p. e10-e52. Disponível em: <http://cid.oxfordjournals.org/content/59/2/147.long>.
Guia de Medicamentos
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sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Até 60% das pessoas internadas estão desnutridas
A desnutrição atinge de 40% a 60% dos pacientes que dão entrada em hospitais da América Latina. É o que afirma uma revisão de estudos lançada em junho deste ano na revista especializada "Clinical Nutrition".
A revisão incluiu 66 pesquisas de 12 países. A maior parte dos estudos é brasileira. Ao todo, foram considerados 29.474 pacientes.
O Ministério da Saúde lançou este ano um Manual de Terapia Nutricional. O documento recomenda que "pacientes admitidos na unidade de internação hospitalar recebam a atenção da equipe responsável pela nutrição".
A terapia nutricional inclui: triagem, avaliação dos pacientes em risco, cálculo das necessidades nutricionais, indicação de terapia e monitoramento.
Perder um pouco de peso durante a internação pode parecer algo sem importância, mas os quilos a menos normalmente significam agravamento das doenças, menor eficácia do tratamento e mais tempo no hospital. Além disso, cresce significativamente o risco de morte.
Um do estudo mostra que uma pessoa com alto grau de desnutrição tem três vezes mais chance de morrer. Enquanto os que possuem um grau médio de desnutrição possuem 4,1% de chance de morte, os com alto grau têm 12,8%.
Há um consenso internacional de que 50% das pessoas internadas estão desnutridas. Para Maria Carolina, os maiores responsáveis pela desnutrição hospitalar são a falta de protocolo, de equipes de terapia nutricional e falta de conhecimento na terapia.
A desnutrição pode ter várias causas, como a não aceitação da dieta hospitalar, a própria doença ou jejuns para realização de exames.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/09/1812316-ate-60-das-pessoas-internadas-estao-desnutridas.shtml
A revisão incluiu 66 pesquisas de 12 países. A maior parte dos estudos é brasileira. Ao todo, foram considerados 29.474 pacientes.
O Ministério da Saúde lançou este ano um Manual de Terapia Nutricional. O documento recomenda que "pacientes admitidos na unidade de internação hospitalar recebam a atenção da equipe responsável pela nutrição".
A terapia nutricional inclui: triagem, avaliação dos pacientes em risco, cálculo das necessidades nutricionais, indicação de terapia e monitoramento.
Perder um pouco de peso durante a internação pode parecer algo sem importância, mas os quilos a menos normalmente significam agravamento das doenças, menor eficácia do tratamento e mais tempo no hospital. Além disso, cresce significativamente o risco de morte.
Um do estudo mostra que uma pessoa com alto grau de desnutrição tem três vezes mais chance de morrer. Enquanto os que possuem um grau médio de desnutrição possuem 4,1% de chance de morte, os com alto grau têm 12,8%.
Há um consenso internacional de que 50% das pessoas internadas estão desnutridas. Para Maria Carolina, os maiores responsáveis pela desnutrição hospitalar são a falta de protocolo, de equipes de terapia nutricional e falta de conhecimento na terapia.
A desnutrição pode ter várias causas, como a não aceitação da dieta hospitalar, a própria doença ou jejuns para realização de exames.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2016/09/1812316-ate-60-das-pessoas-internadas-estao-desnutridas.shtml
sábado, 17 de setembro de 2016
3 principais fatores de risco que reduzem doença coronariana
Um estudo observacional, de base populacional, na Finlândia, destaca um progresso notável em homens e mulheres que controlam os três principais fatores de risco, bem conhecidos, (prevalência do tabagismo, colesterol sérico e pressão arterial sistólica) para a redução da doença coronariana.
Esse estudo procurou recentemente determinar a extensão em que as mudanças nos fatores de risco podem explicar a redução da doença cardíaca coronária. O trabalho foi publicado pelo British Medical Journal (BMJ).
A partir do início do estudo (1969-1972) até 2012, a mortalidade por doença cardíaca coronária diminuiu 82% em homens e 84% nas mulheres. Nos últimos 10 anos do estudo, cerca de dois terços (69% em homens e 66% nas mulheres) da redução pode ser explicada por mudanças nos três principais fatores de risco e o terço restante por outros fatores.
As mudanças nos três fatores de risco contribuíram para a maior parte desse declínio, sendo o mais importante o colesterol para os homens e o colesterol e a pressão arterial para as mulheres. .
Fonte: British Medical Journal (BMJ), de 1º de março de 2016
Esse estudo procurou recentemente determinar a extensão em que as mudanças nos fatores de risco podem explicar a redução da doença cardíaca coronária. O trabalho foi publicado pelo British Medical Journal (BMJ).
A partir do início do estudo (1969-1972) até 2012, a mortalidade por doença cardíaca coronária diminuiu 82% em homens e 84% nas mulheres. Nos últimos 10 anos do estudo, cerca de dois terços (69% em homens e 66% nas mulheres) da redução pode ser explicada por mudanças nos três principais fatores de risco e o terço restante por outros fatores.
As mudanças nos três fatores de risco contribuíram para a maior parte desse declínio, sendo o mais importante o colesterol para os homens e o colesterol e a pressão arterial para as mulheres. .
Fonte: British Medical Journal (BMJ), de 1º de março de 2016
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Medida da pressão arterial
Os procedimentos de medida da pressão são simples e de fácil realização, contudo, nem sempre são realizados de forma adequada. Abaixo o procedimento para medida no consultório.
Preparo do paciente:
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 3 - 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
• está com a bexiga cheia
• praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos
• ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• fumou nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de roupas para não garrotear o membro, apoiado, com a palma da mão voltada para cima.
- Medir na posição de pé, após 3 minutos, em pacientes diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
Para a medida propriamente:
1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço, ntre acrômio e olécrano;
2. Selecionar o manguito do tamanho adequado;
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
5. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial;*
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;*
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação;*
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);*
9. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação;*
10. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);*
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;*
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;*
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de 1 minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas;
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência;
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e
16. Anotar os valores exatos sem "arredondamentos" e o braço em que a PA foi medida.
* Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória.
Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado.
Fonte: VII Diretriz brasileira de hipertensão
Idosos
Aspectos especiais na medição da PA na população idosa decorrem de alterações próprias do envelhecimento, como a maior frequência do hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, resultando em valores falsamente baixos para a PAS ou
falsamente altos para a PAD. A grande variação da PA nos idosos ao longo das 24 horas torna a MAPA uma ferramenta muitas vezes útil. A pseudo-hipertensão, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, a artéria radial permanece ainda palpável após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. Maior ocorrência de EAB, hipotensão ortostática e pós-prandial e, finalmente, a
presença de arritmias, como fibrilação atrial, podem dificultar a medição da PA.
Obesos
Manguitos mais longos e largos são necessários em pacientes obesos para não haver superestimação da PA. Em braços com circunferência superior a 50 cm, onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço, devendo o pulso auscultado ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa prática. Especial dificuldade ocorre em braços largos e curtos, em forma de cone, onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.
Gestantes
A PA deve ser obtida com a mesma metodologia recomendada para adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir da obtida na posição sentada. Considerar o quinto ruído de Korotkoff para a PAD. A hipertensão do avental branco (HAB) e a hipertensão mascarada (HM) são comuns na gravizez e, por isso, a MAPA e a MRPA podem constituir métodos úteis na decisão clínica. Para mais informações sobre HA em gestantes, consulte o Capítulo 9 desta diretriz.
Classificação
Normotensão
Considera-se normotensão quando as medidas de consultório são ≤ 120/80 mmHg e as medidas fora dele (MAPA ou MRPA) confirmam os valores considerados normais. Define-se HA controlada quando, sob tratamento anti-hipertensivo, o paciente permanece com a PA controlada tanto no consultório como fora dele.
Pré-hipertensão
A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e 139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg. Os pré-hipertensos têm maior probabilidade de se tornarem hipertensos e maiores riscos de desenvolvimento de complicações CV quando comparados a indivíduos com PA normal, ≤ 120/80 mmHg,
necessitando de acompahamento periódico.
Efeito do avental branco
O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. Essa situação não muda o diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é normotenso, permanecerá normotenso, e se é hipertenso, continuará sendo hipertenso; pode, contudo, alterar o estágio e/ou dar a falsa impressão de necessidade
de adequações no esquema terapêutico.
Hipertensão do avental branco
É a situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. Com base em quatro estudos populacionais, a prevalência global da HAB é de 13% (intervalo de 9-16%) e atinge cerca de 32% (intervalo de 25-46%) dos hipertensos, sendo mais comum (55%) nos pacientes em estágio 1 e 10% no estágio 3.
Se, em termos prognósticos, a HAB pode ser comparada à normotensão é uma questão ainda em debate, porque alguns estudos revelam que o risco CV em longo prazo desta condição é intermediário entre o da HA e o da normotensão.
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Livro Clínica médica
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Livro Manual de instrumentação cirúrgica
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Guia terapêutico para tratamento de feridas
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Livro cuidados com feridas
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Livro Segurança do paciente
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Preparo do paciente:
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo menos 3 - 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou após o procedimento.
2. Certificar-se de que o paciente NÃO:
• está com a bexiga cheia
• praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos
• ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos
• fumou nos 30 minutos anteriores.
3. Posicionamento do paciente:
Deve estar na posição sentada, pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado.
O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), livre de roupas para não garrotear o membro, apoiado, com a palma da mão voltada para cima.
- Medir na posição de pé, após 3 minutos, em pacientes diabéticos, idosos e em outras situações em que a hipotensão ortostática possa ser frequente ou suspeitada.
Para a medida propriamente:
1. Obter a circunferência aproximadamente no meio do braço, ntre acrômio e olécrano;
2. Selecionar o manguito do tamanho adequado;
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
5. Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial;*
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;*
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica, obtido pela palpação;*
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);*
9. Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de
deflação;*
10. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);*
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;*
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero;*
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de 1 minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes. Caso julgue adequado, considere a média das medidas;
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência;
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e
16. Anotar os valores exatos sem "arredondamentos" e o braço em que a PA foi medida.
* Itens realizados exclusivamente na técnica auscultatória.
Reforça-se a necessidade do uso de equipamento validado e periodicamente calibrado.
Fonte: VII Diretriz brasileira de hipertensão
Idosos
Aspectos especiais na medição da PA na população idosa decorrem de alterações próprias do envelhecimento, como a maior frequência do hiato auscultatório, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do manguito, resultando em valores falsamente baixos para a PAS ou
falsamente altos para a PAD. A grande variação da PA nos idosos ao longo das 24 horas torna a MAPA uma ferramenta muitas vezes útil. A pseudo-hipertensão, que está associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, a artéria radial permanece ainda palpável após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial. Maior ocorrência de EAB, hipotensão ortostática e pós-prandial e, finalmente, a
presença de arritmias, como fibrilação atrial, podem dificultar a medição da PA.
Obesos
Manguitos mais longos e largos são necessários em pacientes obesos para não haver superestimação da PA. Em braços com circunferência superior a 50 cm, onde não há manguito disponível, pode-se fazer a medição no antebraço, devendo o pulso auscultado ser o radial. Há, entretanto, restrições quanto a essa prática. Especial dificuldade ocorre em braços largos e curtos, em forma de cone, onde manguitos de grandes dimensões não se adaptam.
Gestantes
A PA deve ser obtida com a mesma metodologia recomendada para adultos, reforçando-se que ela também pode ser medida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo em repouso, não devendo diferir da obtida na posição sentada. Considerar o quinto ruído de Korotkoff para a PAD. A hipertensão do avental branco (HAB) e a hipertensão mascarada (HM) são comuns na gravizez e, por isso, a MAPA e a MRPA podem constituir métodos úteis na decisão clínica. Para mais informações sobre HA em gestantes, consulte o Capítulo 9 desta diretriz.
Classificação
Normotensão
Considera-se normotensão quando as medidas de consultório são ≤ 120/80 mmHg e as medidas fora dele (MAPA ou MRPA) confirmam os valores considerados normais. Define-se HA controlada quando, sob tratamento anti-hipertensivo, o paciente permanece com a PA controlada tanto no consultório como fora dele.
Pré-hipertensão
A PH caracteriza-se pela presença de PAS entre 121 e 139 e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg. Os pré-hipertensos têm maior probabilidade de se tornarem hipertensos e maiores riscos de desenvolvimento de complicações CV quando comparados a indivíduos com PA normal, ≤ 120/80 mmHg,
necessitando de acompahamento periódico.
Efeito do avental branco
O EAB é a diferença de pressão entre as medidas obtidas no consultório e fora dele, desde que essa diferença seja igual ou superior a 20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. Essa situação não muda o diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é normotenso, permanecerá normotenso, e se é hipertenso, continuará sendo hipertenso; pode, contudo, alterar o estágio e/ou dar a falsa impressão de necessidade
de adequações no esquema terapêutico.
Hipertensão do avental branco
É a situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA. Com base em quatro estudos populacionais, a prevalência global da HAB é de 13% (intervalo de 9-16%) e atinge cerca de 32% (intervalo de 25-46%) dos hipertensos, sendo mais comum (55%) nos pacientes em estágio 1 e 10% no estágio 3.
Se, em termos prognósticos, a HAB pode ser comparada à normotensão é uma questão ainda em debate, porque alguns estudos revelam que o risco CV em longo prazo desta condição é intermediário entre o da HA e o da normotensão.
FLUXOGRAMA DO DIAGNÓSTICO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
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