domingo, 12 de outubro de 2014

Vertigem paroxística benígna

Quadro clínico

 Paciente refere tontura ou vertigem – crises de curta duração (menos de 1 minuto) – causadas
por movimento de cabeça;

 Movimentos comuns como: olhar para cima, abaixar-se e rolar na cama;

 Início súbito – primeiras crises podem ser acompanhadas de náuseas e vômitos e queda

Fisiopatologia

 Deve-se a presença de partículas de carbonato de cálcio (otólitos), flutuando na endolinfa (líquido transparente contido no labirinto do ouvido interno responsável pela ação do movimento da cabeça).

 Estas partículas desprendem-se da macula do ventrículo ( sistema responsável pelo equilíbrio)por razões desconhecidas.

Causa

 Cerca de 1/5 dos pacientes referem antecedentes de Trauma Craniano

 10% Neuronite Vestibular Prévia (infecção viral – inflamação do nervo vestibular que ocasiona ataque único e seriado de vertigem)

 Sendo as únicas causas;

 Fatores de riscos ( desconhecidos).

Diagnóstico

 Utiliza-se da manobra de Dix – Hallpike

 Consiste em posicionar o paciente na maca, sentado, com a cabeça virada 45 graus para o lado a ser testado e com os pés voltados à cabeceira da maca;

 Objetivo é deitar o paciente rapidamente até que sua cabeça penda para fora da maca e com a cabeça virada 45 graus para o lado do labirinto testado.

Manobra positiva

 Quando o paciente refere tontura após um período de latência de uns cinco segundos da manobra;

 Duração : de 20 a 40 segundos;

 A descrição clássica da manobra inclui presença de nistagmo (movimentação do olho).

Tratamento

Manobra de Epley – Manobra de Reposição Canalicular;

 Esta manobra, em sua rotação, joga os otólitos de volta ao utrículo;

 Contra indicado se lesão em cervical e obstrução de carótida.

Manobra de Epley:

 Consiste em rodar a cabeça do paciente lentamente para o outro lado até que o nariz do paciente aponte para o chão;

 O paciente precisará rodar parcialmente o corpo, pois o pescoço sozinho não permite toda a rotação;

 Peça para o acompanhante ficar ao lado do paciente para auxiliar o movimento.

 Após a rotação, deixe o nariz do paciente virado para o chão por volta de 10 a 15 segundos e em seguida senta-se o paciente, mantendo sua cabeça virada para o lado;

 Um vez sentado, roda-se a cabeça para a frente e inclina-se o queixo para baixo 20 graus e aguarde um pouco.

 Comum tontura durante e após a manobra.

Após a manobra

 Evitar movimentos bruscos da cabeça por 48h;

 Após este período pode retomar as atividades rotineiras;

 Será reavaliado após 72h da realização da manobra;

 Espera-se melhora em 4 intervenções.


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Síndromes geriátricas



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Função de alguns nutrientes


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Angioplastia coronária

A Angioplastia Coronária ou Intervenção Coronária Percutânea é o tratamento não cirúrgico das obstruções das artérias coronárias por meio de cateter balão, com o objetivo de aumentar o fluxo de sangue para o coração. Após a desobstrução da artéria coronária, por meio da angioplastia com balão, procede-se ao implante de uma prótese endovascular (para ser utilizada no interior dos vasos) conhecida como ‘stent’ - pequeno tubo de metal, semelhante a um pequeníssimo bobe de cabelo, usado para manter a artéria aberta.
Atualmente existem dois tipos de stents: os convencionais e os farmacológicos ou recobertos com drogas.
Os stents convencionais podem acarretar um processo cicatricial exacerbado que leva a restenose (reobstrução) do vaso em 10 a 20% dos casos.
Os stents farmacológicos: surgiram para evitar esse processo cicatricial, que são constituídos do mesmo material metálico acrescido de um medicamento de liberação lenta no local de implante, reduzindo-se o processo de cicatrização e evitando-se a restenose. Há necessidade do uso prolongado de aspirina e clopidogrel nos pacientes que recebem stents farmacológicos pelo pequeno risco de trombose (formação de coágulos no interior do stent).
Preparo
Após a realização do cateterismo para diagnóstico e documentada a obstrução coronariana, será discutido com o paciente, com médico e com o cardiologista intervencionista a opção pelo tratamento imediato ou o agendamento para dias subsequentes conforme o quadro clínico, grau de obstrução coronariana e vontade do paciente.
Os pacientes seguirão a mesma rotina com relação ao preparo, ao jejum, às medicações e às orientações descritas para o cateterismo cardíaco.

Como é realizado?

Da mesma forma que o cateterismo cardíaco, cateteres são inseridos pela perna ou braço e guiados até o coração. Identificado o local da obstrução é inserido um fio guia na artéria coronária que é locado distalmente (posteriormente) à obstrução. Um pequeno balão é guiado até o local da obstrução, progressivamente insuflado, comprimindo a placa contra a parede do vaso e aliviando a obstrução.
Este procedimento pode apresentar recolhimento elástico do vaso, determinando nova obstrução no local. Portanto, na maioria dos procedimentos, realiza-se o implante permanente de endoprótese (stent convencional ou farmacológico) concomitante, que dá sustentação à dilatação evitando-se, assim, o recolhimento elástico.

Onde é realizado o procedimento?

É realizado no mesmo local do cateterismo cardíaco, no Laboratório de Hemodinâmica do Setor de Cardiologista Intervencionista, com o paciente acordado e sob anestesia local.

Quem realiza o procedimento?

Médicos cardiologistas treinados em Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica.

Quais são os riscos?

É natural que, por se tratar de um procedimento invasivo, haja riscos. Porém ocorrências como óbito, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, necessidade de cirurgia de revascularização de urgência e complicações vasculares no local da punção são raras. Outras complicações decorrentes do uso do contraste, como alergia e insuficiência renal, podem ocorrer. Entretanto, todas essas complicações são raras e a intervenção será realizada por uma equipe médica preparada para atender qualquer tipo de intercorrência.

Qual a duração do procedimento?

Dependendo do caso e da complexidade, pode durar de 30 minutos a 2 horas.

Há necessidade de internação hospitalar após o procedimento?

Sim. Por um período mínimo de 24 a 48 horas. Serão realizados exames de sangue de rotina e eletrocardiograma.

Fonte: http://www.einstein.br/

Abordagem ao idoso

A comunicação com a pessoa idosa é essencial para obtermos informações valiosas para condução terapêutica, portanto durante o atendimento devemos nos atentar a esses itens:


Fonte: Manual de enfermagem_ Atenção a saúde do idoso. Secretaria municipal da saúde de SP

domingo, 5 de outubro de 2014

Princípios organizacionais do SUS

REGIONALIZAÇÃO e HIERARQUIZAÇÃO - Os serviços devem ser organizados em níveis de
complexidade tecnológica crescente, dispostos numa área geográfica delimitada e com a definição da
população a ser atendida. Isto implica na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada
população todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia
disponível, possibilitando um ótimo grau de resolubilidade (solução de seus problemas).
O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção
que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os
serviços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade
tecnológica.
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um
conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações
de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de
atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade.

RESOLUBILIDADE - É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou
quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja
capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência.

DESCENTRALIZAÇÃO - É entendida como uma redistribuição das responsabilidades
quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da idéia de que
quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Assim, o que é
abrangência de um município deve ser de responsabilidade do governo municipal; o que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade do governo estadual, e, o que for de abrangência nacional será de responsabilidade federal. Deverá haver uma profunda redefinição das
atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde - é
o que se chama municipalização da saúde.
Aos municípios cabe, portanto, a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde
diretamente voltadas aos seus cidadãos.

PARTICIPAÇÃO DOS CIDADÃOS - É a garantia constitucional de que a população, através
de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do
controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local.

Essa participação deve se dar nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de
usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participação são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde.
Deve ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das
instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a população se
posicione sobre as questões que dizem respeito à sua saúde.

COMPLEMENTARIEDADE DO SETOR PRIVADO - A Constituição definiu que, quando por
insuficiência do setor público, for necessário a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições:
1ª - a celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse público
prevalecendo sobre o particular;
2ª - a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS.
Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, eqüidade, etc., como se o serviço privado fosse
público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste;
3ª - a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em
termos de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em
cada região, deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados
contratados, quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar.
Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme
determina a Constituição.
Assim, cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e, na seqüência, complementar a
rede assistencial com o setor privado, com os mesmos concertos de regionalização, hierarquização e universalização.
Torna-se fundamental o estabelecimento de normas e procedimentos a serem cumpridos
pelos conveniados e contratados, os quais devem constar, em anexo, dos convênios e contratos.

sábado, 4 de outubro de 2014

Doutrinas do SUS

Baseado nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes
princípios doutrinários:

UNIVERSALIDADE – É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer
cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços
públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania
e dever do Governo: municipal, estadual e federal.

EQÜIDADE – É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que
cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é
igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder
oferecer para todos.

INTEGRALIDADE - É o reconhecimento na prática dos serviços de que:
• cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
• as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível
e não podem ser compartimentalizadas;
• as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam
também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
Enfim:
“O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral
por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua
saúde.”