quinta-feira, 16 de julho de 2015

NOB 96

NOB 96

A edição da NOB 96 representou a aproximação mais explícita com a proposta de um novo modelo de atenção. Para isso, ela acelera a descentralização dos recursos federais em direção aos estados e municípios, consolidando a tendência à autonomia de gestão das esferas descentralizadas, criando incentivo explícito às mudanças, na lógica assistencial, rompendo com o produtivismo (pagamento por produção de serviços, como o INAMPS usava para comprar serviços do setor privado) e implementando incentivos aos programas dirigidos às populações mais carentes, como o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e às práticas fundadas numa nova lógica assistencial, como Programa de Saúde da Família (PSF).

As principais inovações da NOB 96 foram:

a. A concepção ampliada de saúde - considera a concepção determinada pela Constituição englobando promoção, prevenção, condições sanitárias, ambientais, emprego, moradia etc.;

b. O fortalecimento das instâncias colegiadas e da gestão pactuada e descentralizada - consagrada na prática com as Comissões Intergestores e Conselhos de Saúde;

c. As transferências fundo a fundo (do Fundo Nacional de Saúde direto para os fundos municipais de saúde, regulamentados pela NOB-SUS 96), com base na população, e com base em valores per capita previamente fixados;

d. Novos mecanismos de classificação determinam os estágios de habilitação para a gestão, no qual os municípios são classificados em duas condições: gestão plena da atenção básica e gestão plena do sistema municipal (BRASIL, 1996).


Na gestão plena da atenção básica, os recursos são transferidos de acordo com os procedimentos correspondentes ao PAB - Piso da Atenção Básica. A atenção ambulatorial especializada e a atenção hospitalar continuam financiadas pelo Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA-SUS) e pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS). No caso dos municípios em gestão plena do sistema, a totalidade dos recursos é transferida automaticamente.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Livros

Dicionário Termo Técnico E Cd Ame 2010

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-691968641-dicionario-termo-tecnico-e-cd-ame-2010-_JM

Cirurgia Diagnóstico E Tratamento Novo (lacrado)

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-663266927-cirurgia-diagnostico-e-tratamento-novo-lacrado-_JM

Diagnóstico De Enfermagem Em Pacientes Lesados Medulares

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-663270322-diagnostico-de-enfermagem-em-pacientes-lesados-medulares-_JM

4 Volumes Brunner 11 Edição

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-663576195-4-volumes-brunner-11-edico-_JM

Manual De Técnicas Para Histologia

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-668756919-manual-de-tecnicas-para-histologia-_JM

Tudo O Que Você Precisa Saber Os Osso

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-668767847-tudo-o-que-voc-precisa-saber-os-osso-_JM

Histologia Imagens Em Foco

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-668767893-histologia-imagens-em-foco-_JM

Livro Testes De Anatomia

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-668767930-livro-testes-de-anatomia-_JM

Livro De Bioquimica

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-669867524-livro-de-bioquimica-_JM

Resumão De Bioquímica 1 E 2

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-669873739-resumo-de-bioquimica-1-e-2-_JM

Resumão De Propriedades Químicas

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-671315917-resumo-de-propriedades-quimicas-_JM

Manual De Vacinas

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-677368082-manual-de-vacinas-_JM

Livro Primeiros Socorros

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-678293584-livro-primeiros-socorros-_JM

Manual De Administração De Medicamentos 3 Edição

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-678520468-manual-de-administraco-de-medicamentos-3-edico-_JM

Manual De Exame Físico

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-678523411-manual-de-exame-fisico-_JM

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Cursos com certificado

Vacinas (certificado de 17hs)

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-vacina_54917?a=priscila-delpintor&keep=true

Cálculo de medicamentos

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-calculo-de-medicamentos_55063?a=priscila-delpintor&keep=true

Administração de medicamentos

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-administracao-de-medicamentos_47587?a=priscila-delpintor&keep=true

Mecanismos de patogenicidade

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-mecanismos-de-patogenicidade_54938?a=priscila-delpintor&keep=true

Ventilação mecânica

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-ventilacao-mecanica_49619?a=priscila-delpintor&keep=true

Assistência de enfermagem no puerpério

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-assistencia-de-enfermagem-no-puerperio_54793?a=priscila-delpintor&keep=true

Interpretação de ECG

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-interpretacao-de-ecg_54805?a=priscila-delpintor&keep=true

Drenos e cateteres

https://www.buzzero.com/cursos-online-de-medicina-e-saude/cursos-de-enfermagem/curso-online-drenos-e-cateteres_54829?a=priscila-delpintor&keep=true



sábado, 11 de julho de 2015

Cuidados com drogas vasoativas

Ø As drogas vasoativas devem ser empregadas de preferência em acesso central
Ø Controle rigoroso em bomba de infusão
Ø Pesar diariamente para ajustar dose ideal
Ø Desmame das drogas de forma gradual
Ø Troca da solução a cada 24horas
Ø Atentar ao risco de hipotensão
Controle rigoroso da PA e ECG
Ø Atenção as drogas periféricas
Ø Atentar-se a compatibilidade das drogas
Ø Atenção aos efeitos adversos
Ø Evitar medicações em bolus pelas vias das drogas vasoativas
Ø Manter identificado as drogas que estão correndo

Ø Avaliar perfusão periférica

Avaliação das pupilas


quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sepse


A sepse é uma síndrome clínica, decorrente de infecção grave, associada à inflamação sistêmica e lesão tecidual. O nome síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) designa uma lesão tecidual difusa, provocada por um insulto não infeccioso (por ex. grande queimado), que é secundária a uma “desregulação” da resposta inflamatória do indivíduo. Quando ocorre SIRs em um paciente com infecção, temos uma sepse. Se a sepse estiver associada à disfunção orgânica ou a hipotensão, trata-se de sepse grave. Já choque séptico acontece no paciente com hipotensão arterial, associada à reposição volêmica, e apresenta acidose lática ou outros sinais de hipoperfusão tecidual.

A SIRS é a manifestação clínica de duas ou mais das seguintes condições:
·        
      Temperatura > 38°C ou < 36°C
·         FC > 90bpm
·         FR > 20ipm ou PaCO2 < 32mmHg
·         Leucócitos totais > 12.000 células/mm³, < 4.000 células/mm³ ou > 10% formas imaturas (bastonetes)

Quadro clínico

As manifestações clínicas da sepse grave resultam da perfusão inadequada para os sistemas de órgãos vitais. Os sinais mais comuns de disfunção de sistemas e órgãos incluem alterações:

Sistema cardiovascular

Alterações

Redução da fração de ejeção dos ventrículos E eD;
Aumento dos volumes diastólicos finais;
FC aumentada;
DC elevado

Causas

Substâncias depressoras da contratilidade miocárdica (TNF; IL-1; radicais livres de oxiênio).

Sistema hematológico

Alterações

Leucocitose neutrofílica;
Nº reduzido de células NK circulantes, CD4+ e CD8+;
Plaquetopenia

Causas

O plasma desses pacientes parece induzir à resposta inflamatória quando acionado a cultura celular;
Redução de CD4+ por apoptose.

Sistema respiratório (lesão pulmonar aguda)

Alterações

Hiperventilação com alcalose metabólica;
Hipoxemia e infiltrados pulmonares bilaterais.

Causas

Lesão do epitélio alveolar, com aumento da permeabilidade alvéolo-capilar e exudação do conteúdo líquido;
O volume do espaço morto aumenta e a complacência diminui.

Sistema renal

Alterações

Oligúria
Uremia

Causas

Decorrente do hipofluxo
Hipovolemia, hipotensão, vasoconstrição renal e nefrotoxidade.

Tratamento

Ações imediatas:

A- Manutenção das vias aéreas e da ventilação:
O² para manter oximetria de pulso > 94%;
Avaliar necessidade de intubação orotraqueal.

B- Estabelecimento da adequação da circulação:
Obtenção de acesso venoso apropriado;
Considerar a possibilidade de instalar uma linha endovenosa central apara medir Pressão Venosa Central (PVC), saturação de oxigênio venosa, bem como possibilitar a rápida infusão de cristaloide e de agentes vasopressores, se necessário (Noradrenalina e Dopamina, por exemplo).

C- Terapia dirigida por metas precoces (EGDT):
É instituída para alguns pacientes mais graves, tendo como metas, estabelecer uma PVC entre 8-12 por meio de infusão de cristaloides; se necessário, agentes vasoativas devem ser instalados para manter Pressão Arterial Média (PAM) acima de 65mmHg; verificar, em seguida, a saturação de oxigênio venosa mista, e se for < 70%, deve receber hemoconcentrados para manter hematócrito de, pelo menos 30% e posteriormente se acrescentado suporte inotrópico, com dobutamina, para um melhor DC.

D- Terapia antibiótica:
De acordo com as diretrizes atuais, o antibiótico adequado deve ser administrado em até 1 hora após a identificação da sepse;
Culturas devem ser coletadas antes do início da antibioticoterapia.


terça-feira, 7 de julho de 2015

Emergência por causas externas


Avaliação e atendimento do doente traumatizado

As cinco etapas envolvidas na avaliação primária e sua ordem de prioridade são as seguintes:
A- Atendimento da via aérea e controle da coluna cervical
B- Ventilação
C- Circulação
D- Disfunção neurológica
E- Exposição e ambiente

Na etapa A, a via aérea do paciente é rapidamente checada para garantir que esteja permeável (aberta e limpa) e que não existe perigo de obstrução. Em caso de comprometimento da via aérea, esta deve ser aberta. O controle da coluna cervical deve ser feito para todo traumatizado com um mecanismo significativo de trauma, visto que se deve suspeitar de lesão na medula espinhal até que esta tenha sido excluída.

Na etapa B, o primeiro passo é administrar eficazmente o O² para ajudar a manter o processo metabólico aeróbico. Em seguida avalie a qualidade e a quantidade da ventilação do doente:
Verifique se o doente está ventilando;
Se o doente estiver em apneia, inicie imediatamente ventilação assistida com máscara facial associado a um balão dotado de válvula unidirecional (ventilação bolsa-valva-máscara, chamado de “Ambu”) com oxigênio suplementar;
Assegure-se que a via aérea esteja permeável;
Estime a adequação da frequência e da profundidade ventilatória e assegure oferta de no mínimo 85% de oxigênio no ar inspirado (FiO² de, no mínimo, 85%);
Observe a elevação do tórax, e se o doente puder falar, ouça-o para ver se é capaz de falar uma frase inteira.

Na etapa C, há a avaliação do comprometimento ou da falência do sistema circulatório. Deve-se identificar e controlar a hemorragia externa (por meio de compressão direta, alinhamento e estabilização das fraturas e torniquetes, caso a hemorragia nos membros superiores ou inferiores não cesse com a compressão direta. Lembrando que o tempo máximo para permanência do torniquete é de 120 minutos). Em seguida, deve obter-se uma estimativa global adequada do débito cardíaco e do estado de perfusão, avaliando pulso, cor de pele, temperatura, umidade e tempo de enchimento capilar. Deve-se mensurar a pressão arterial e puncionar dois acessos venosos calibrosos para reanimação volêmica.

Na etapa D, avalia-se a função cerebral com o objetivo de determinar o nível de consciência do paciente e interferir o potencial de hipóxia. Um nível de consciência rebaixado pode alertar o socorrista para quatro possibilidades:
Oxigenação cerebral diminuída;
Lesão do SNC;
Intoxicação por drogas ou álcool;
Distúrbio metabólico.
Nesta avaliação do traumatizado, o ideal é a utilização da Escala de Coma de Glasgow, ferramenta utilizada para determinar o nível de consciência da vítima.

É um método simples e rápido para determinar a função cerebral e é preditivo da sobrevida do doente, especialmente melhor resposta motora.


Na etapa E, deve-se expor o doente para que sejam encontradas todas as lesões porém, embora seja importante expor todo o corpo da vítima, deve-se privar pela privacidade em ambiente externo e prevenir a hipotermia cobrindo o doente o mais rápido possível.