terça-feira, 7 de julho de 2015

Emergência por causas externas


Avaliação e atendimento do doente traumatizado

As cinco etapas envolvidas na avaliação primária e sua ordem de prioridade são as seguintes:
A- Atendimento da via aérea e controle da coluna cervical
B- Ventilação
C- Circulação
D- Disfunção neurológica
E- Exposição e ambiente

Na etapa A, a via aérea do paciente é rapidamente checada para garantir que esteja permeável (aberta e limpa) e que não existe perigo de obstrução. Em caso de comprometimento da via aérea, esta deve ser aberta. O controle da coluna cervical deve ser feito para todo traumatizado com um mecanismo significativo de trauma, visto que se deve suspeitar de lesão na medula espinhal até que esta tenha sido excluída.

Na etapa B, o primeiro passo é administrar eficazmente o O² para ajudar a manter o processo metabólico aeróbico. Em seguida avalie a qualidade e a quantidade da ventilação do doente:
Verifique se o doente está ventilando;
Se o doente estiver em apneia, inicie imediatamente ventilação assistida com máscara facial associado a um balão dotado de válvula unidirecional (ventilação bolsa-valva-máscara, chamado de “Ambu”) com oxigênio suplementar;
Assegure-se que a via aérea esteja permeável;
Estime a adequação da frequência e da profundidade ventilatória e assegure oferta de no mínimo 85% de oxigênio no ar inspirado (FiO² de, no mínimo, 85%);
Observe a elevação do tórax, e se o doente puder falar, ouça-o para ver se é capaz de falar uma frase inteira.

Na etapa C, há a avaliação do comprometimento ou da falência do sistema circulatório. Deve-se identificar e controlar a hemorragia externa (por meio de compressão direta, alinhamento e estabilização das fraturas e torniquetes, caso a hemorragia nos membros superiores ou inferiores não cesse com a compressão direta. Lembrando que o tempo máximo para permanência do torniquete é de 120 minutos). Em seguida, deve obter-se uma estimativa global adequada do débito cardíaco e do estado de perfusão, avaliando pulso, cor de pele, temperatura, umidade e tempo de enchimento capilar. Deve-se mensurar a pressão arterial e puncionar dois acessos venosos calibrosos para reanimação volêmica.

Na etapa D, avalia-se a função cerebral com o objetivo de determinar o nível de consciência do paciente e interferir o potencial de hipóxia. Um nível de consciência rebaixado pode alertar o socorrista para quatro possibilidades:
Oxigenação cerebral diminuída;
Lesão do SNC;
Intoxicação por drogas ou álcool;
Distúrbio metabólico.
Nesta avaliação do traumatizado, o ideal é a utilização da Escala de Coma de Glasgow, ferramenta utilizada para determinar o nível de consciência da vítima.

É um método simples e rápido para determinar a função cerebral e é preditivo da sobrevida do doente, especialmente melhor resposta motora.


Na etapa E, deve-se expor o doente para que sejam encontradas todas as lesões porém, embora seja importante expor todo o corpo da vítima, deve-se privar pela privacidade em ambiente externo e prevenir a hipotermia cobrindo o doente o mais rápido possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário