Estudos
recentes revelaram que transtornos psiquiátricos subdiagnosticados e não
tratados em gestantes podem levar a graves consequências maternofetais, até
mesmo durante o trabalho de parto. Na tabela 1 vemos os principais fatores de
risco para o desenvolvimento da depressão na gestação.
Os
principais transtornos psiquiátricos puerperais são disforia do pós parto
(puerperal blues), depressão pós parto e psicose puerperal.
Blues puerperal
Acomete
as mulheres nos primeiros dias após o nascimento do bebê, atingindo um pico no
quarto ou quinto dia após o parto e remitindo de maneira espontânea, no máximo,
em duas semanas. Inclui choro fácil, labilidade do humor, irritabilidade e
comportamento hostil para com familiares e acompanhantes. Geralmente é
realizado suporte emocional sem necessidade de intervenção farmacológica.
Depressão puerperal
As
pacientes apresentam humor deprimido, choro fácil, labilidade afetiva,
irritabilidade, perda de interesse pelas atividades habituais, sentimentos de
culpa e capacidade de concentração prejudicada. Sintomas neurovegetativos como
insônia e perda do apetite.
Psicose puerperal
Quadro
com presença de delírios, alucinações e estado confusional que parece ser peculiar
aos quadros de psicose puerperal. Pode haver sintomas depressivos, maníacos ou
mistos associados. No entanto as pacientes costumam apresentar comportamento
desorganizado e delírios que envolvem seus filhos, com pensamentos de
provocar-lhes algum dano. Apesar de o suicídio ser raro no período puerperal, a
incidência deste nas pacientes com transtorno psicótico nesse período é alta.
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